INCLUSÃO: GAGUEIRA: A ESCOLA FRENTE A ESTA SITUAÇÃO

PROFESSORA-SOLICITANDO-PARA-CARLINHOS-QUE-ELE-LEIA-A-REDAÇÃO-E-ESTE-ESTÁ-GRITANDO-E-DIZENDO-NÃO.jpg

GAGUEIRA: A ESCOLA FRENTE A ESTA SITUAÇÃO

A gagueira é comum em crianças que estão aprendendo a falar pois a velocidade de pensamento não acompanha a velocidade verbal, ou seja, ela pensa mais rápido do que fala (disfluência).

Contudo, com o passar do tempo se espera que esta seja superada. Quando se estabelece um quadro de gagueira esta decorre de uma predisposição hereditária associada a fatores ambientais estressantes que podem ser linguísticos, sociais e psicológicos.

No passado, a gagueira era entendida como um fenômeno de natureza psicológica que não tinha tratamento. Manifestava-se na infância e acompanhava o indivíduo até a morte. Em muitos momentos, transformava-se em motivo de chacota o que perpetuava a dificuldade e aumentava o constrangimento. (Doutor Dráuzio Varella).

Esta é uma desordem funcional que se inicia na infância. Ninguém de torna “gago” na vida adulta.

Os principais sintomas são:

– repetição de sons, sílabas e partes das palavras;

– bloqueio de sons (pausas tensas);

– substituições de palavras e reformulação de frases;

– uso excessivo de expressões “como é”, “então”, “daí”;

– modificações no tom de voz;

– modificações na respiração onde inspira profundamente antes de falar ou fala até acabar o ar;

– aumento da tensão física onde treme os lábios e mandíbula;

-emoções negativas de medo, vergonha, tiques e contorções faciais.

A escola tem um papel muito importante pois, no ambiente escolar, os alunos acabam expostos a situações onde tem que se expressar oralmente perante o grupo. Isto causa extrema ansiedade agravando a situação.

Deixe o aluno falar sem pressa e abra espaço para pausas frequentes. Quando ele parar de falar, não comece a falar imediatamente pois a fala lenta e relaxada de torna eficaz para ajudar o aluno a dominar a ansiedade.

Reduza o números de perguntas para este aluno. Faça mais comentários do que perguntas e, quando ele estiver falando, use expressões corporais e faciais para dizer que você está prestando atenção, não está com pressa e está gostando do seu discurso.

Eduque os seus alunos a respeitarem e esperarem o seu colega terminar de falar. Jamais deixe os alunos completarem as frases, por ele, ou falar antes de ele acabar de falar.

Evite solicitar leituras orais longas as quais exijam que o aluno fale para a turma toda. Se quiser incentivar a sua expressão oral, peça que ele leia em um trabalho em grupo o qual seja formado, inicialmente, por no máximo quatro colegas. Escolha os membros do grupo juntando alunos que tenham afinidade.

Com o tempo, observando a postura do aluno, vá aumentado o número de elementos do grupo gradativamente.

Com ajuda, a pessoa pode superar as suas dificuldades. Um exemplo é o filme “O discurso de rei” o qual conta a história de George 6º, o rei gago que assumiu o trono da Inglaterra depois que seu irmão abriu mão para se casar com a amante norte-americana.

Cerca de 1% da população mundial sofre de gagueira que nada mais é que um distúrbio no ritmo e na fluência da fala e se caracteriza por bloqueios, pausas inadequadas, repetições de sons, sílabas e palavras pequenas, e prolongamentos que rompem a fluência da comunicação.