INCLUSÃO: SKINNER E BANDURA: SUA INFLUÊNCIA NA EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS

FOTO DE UM DESENHO ANIMADO COM UMA MENINA A DIREITA E OUTRA A ESQUERDA EM UMA CADEIRA DE RODAS

SKINNER E BANDURA: SUA INFLUÊNCIA NA EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS

 

Os estudos de Skinner e Bandura tiveram uma influencia muito grande nos métodos e programas desenvolvidos para a educação de crianças com necessidades especiais, principalmente, com crianças que apresentam transtornos do espectro autista.

 

 

Nos seus estudos, Skinner abordou o ensino programado onde coloca que as pessoas aprendem mais facilmente quando o conteúdo é apresentado em unidades pequenas e quando recebem um feedback imediato indicando se o aluno teve sucesso ou não. Seus estudos tiveram grande impacto para os profissionais da área da saúde mental, ao lidar om os problemas de comportamento, e para a educação para lidar com os problemas de disciplina.

 
Não podemos deixar de destacar os estudos de Bandura, em relação a sua abordagem cognitiva comportamental, que coloca a importância da aprendizagem por observação. Ele salienta a importância da observação na modelagem do comportamento que é influenciado por estímulos ambientais, físicos e pessoais que ocorrem pelo reforço imediato, recompensa ou punição, pela imitação e pela expectativa.

 
O autor salienta que podemos aprender de forma direta mas, também aprendemos observando os outros o que vai além da pura imitação. Bandura coloca que no processo de aprendizagem é de vital importância a atenção, retenção, reprodução e motivação.
Segundo Bandura, “se o indivíduo confiasse em suas próprias ações para aprender, a grande maioria não sobreviveria ao processo de aprendizagem”. Desta forma, suas ideias colocam que a aprendizagem vai além da imitação.

 
Como todas as teorias de aprendizagem, o behaviorismo também tem as suas vantagens e desvantagens.
Entre os aspectos positivos, segundo os conceitos teóricos, podemos notar que a proposta de ensino programado de Skinner permite que o aluno regule a sua aprendizagem, progrida no seu ritmo, favorece o acerto, dá feedback imediato pela confirmação do erro ou do acerto, ajuda o aluno a partir do momento que divide o material em pequenos passos e reforça as contingências levando a um estudo individualizado auxiliado pelo professor.

 
Por outro lado, por sua individualização, o aluno fica socialmente mais isolado, não tem opção de escolha e não se beneficia das experiências do grupo.

 
Em 1968, Skinner propôs que os reforços fossem dados por máquinas, de modo que não houvesse a interferência sobre a aprendizagem do indivíduo, criando as máquinas de ensino de Skinner. Esta tem ambiente semelhante aos ambientes virtuais MOOCS que encontramos, atualmente, nos cursos online e massivos.
Se analisarmos estes ambientes virtuais de aprendizagem, podemos encontrar muitos aspectos da teoria behaviorista no que se refere a relação professor e aluno (o aluno é conduzido pelo professor e/ou ambiente que determina a velocidade e a forma de construção do conhecimento), nas relações entre os alunos (que é muitas vezes desconsiderada ou está em segundo plano) e em relação entre o aluno e o objeto do conhecimento a ser aprendido (onde o conhecimento é disponibilizado de forma sequencial).

 
Principalmente na área da educação especial, utilizamos softwares que são embasados em muitos conceitos do behaviorismo como os tutoriais, de exercitação e de prática.

 
Enquanto nos softwares tutoriais o aluno é guiado por distintas fases da aprendizagem por uma estrutura pré-definida na qual as respostas são verificadas permitindo a interação e o feedback imediato, nos softwares de exercitação e pratica existe uma exploração autodirigida.

 

 

Programas destinado a educação de crianças com transtorno do espectro autista, como o TEACCH e o ABA, também sofreram muitas influências dos trabalhos destes autores as quais podem ser observados na valorização da rotina, trabalho com pequenas unidades, repetições e ensino individualizado.