INCLUSÃO: PLASTICIDADE NEURONAL

CÉREBRO HUMANO DE FRENTE BRILHANTE E AZUL COM FUNDO PRETO

PLASTICIDADE NEURONAL

Palavras chave: plasticidade neuronal; neurociências; aprendizagem.

A plasticidade neuronal é a capacidade do cérebro de desenvolver sinapses entre os neurônios a partir das nossas experiências e, em consequência, modificar o comportamento devido a interação com o meio.

A partir dos novos estímulos, o cérebro se organiza e novos comportamentos são aprendidos proporcionando a aprendizagem e o desenvolvimento humano por toda a vida.

A plasticidade neuronal é essencial para o aprendizado e para o desenvolvimento pois os dois caminham juntos. Os professores que trabalham com a mediação pedagógica tem que ter conhecimento destes conceitos, bem como da neurociência, para que possam mediar corretamente e com significado a relação da criança com o meio de modo a ajudar o aluno a planejar a sua conduta, a selecionar adequadamente os estímulos, a separar os aspectos relevantes dos irrelevantes para a execução de uma atividade e, consequentemente, aprenderem não só conteúdos e conceitos mas sim habilidades e competências.

Os alunos com necessidades especiais costumam apresentar as seguintes características:

– manifestam uma conduta desplanificada, ou seja, não sabem como começar uma atividade, não organizam os materiais, não lidam bem com duas ou mais ordens dadas simultaneamente e, muitas vezes, necessitam que as ordens sejam fracionadas para que sejam compreendidas;

– manifestam impulsividade, ou seja, agem sem pensar, não esperam o professor dar a ordem, tem dificuldades com a linguagem compreensiva pois não prestam a atenção nos comandos verbais e não mantém o foco da atenção por um período mais prolongado de tempo;

– incapacidade de selecionar adequadamente estímulos, de abstrair conceitos, de estabelecer relações, de generalizar e de conservar.

Nestes aspectos, uma mediação adequada pode contribuir muito para o aprendizado dos alunos pois eles permanecem por longo tempo em uma zona de desenvolvimento proximal nestes aspectos que, muitas vezes, só pode ser transposta pela ação da mediação.

Contudo, o mediador tem que conhecer bem esta criança pois uma pessoa com necessidades especiais não pode ser subtendida. Ela necessita ser entendida.

Entender significa conhecer a fundo o aluno, como é o seu esquema de pensamento, quais as estratégias que ele usa para executar uma atividade, qual o seu estilo de aprendizagem e como ele interage com o meio.