INCLUSÃO: O QUE OBSERVAR EM UMA AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA PARA A IDENTIFICAÇÃO DE UM CASO DE AUTISMO?

MENINA E PROFESSORA TRBALHANDO EM UMA MESA COM VÁRIOS BRINQUEDOS

O QUE OBSERVAR EM UMA AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA PARA A IDENTIFICAÇÃO DE UM CASO DE AUTISMO?

A avaliação psicopedagógica de uma criança que apresenta sintomas de transtorno do espectro autista é complicada pois vale mais a observação do comportamento da criança do que testes quantitativos.

Para uma avaliação completa devemos observar os seguintes aspectos:

  • COMO ELA BRINCA? Quais as suas preferências? Brinca de faz de conta? Varia os objetos? Fica fixado em um único objeto?
  • COMO ELA CONVERSA OU SE COMUNICA? Como é a sua comunicação? Ela fala para expressar seus desejos e necessidades? Ela aponta para o que quer?
  • TESTE AUDITIVO: Ela ouve bem?
  • EXAME DE SANGUE: o autismo não é identificado por exames de sangue mas a Síndrome de X frágil sim, bem como outras que podem ter sintomas do espectro autista associados;

As observações feitas, durante a avaliação, devem ser analisadas nos seguintes âmbitos:

  • Existem um conjunto de sintomas ou algum sintoma isolado?
  • Os sintomas são claros?
  • Os problemas encontrados são graves?
  • Existem outras explicações para as dificuldades?
  • Os sintomas atingem as três áreas: social, comunicação e comportamento?

Nas áreas analisadas devemos observar alguns comportamentos que geralmente estão presentes tais como:

  • SOCIAL: qualidade do contato visual, uso de gestos e expressões faciais para a comunicação, atenção e trabalho compartilhado, capacidade de empatia e interação com os outros;
  • COMUNICAÇÃO: atraso ou não na aquisição da linguagem, problemas para iniciar e manter um diálogo, dificuldades com a linguagem abstrata e tendência a entender tudo literalmente, uso de linguagem incomum e estranha e dificuldades em brincadeiras de faz de conta;
  • COMPORTAMENTO: comportamentos estranhos e incomuns, preocupações com coisas incomuns, dificuldades com barulhos excessivos e com multidões, maneirismos estranhos e repetitivos e rotinas intensas e compulsivas.

Os sintomas devem ser analisados da seguinte forma:

  • EM TODOS OS CONTEXTOS: deve acontecer em casa, na rua e na escola;
  • GRAVIDADE: se interferem na vida e na resposta adaptativa ao meio;
  • OUTRAS EXPLICAÇÕES: se não são causados por outras dificuldades físicas, psicológicas e sensoriais.

De acordo com a posição de vários especialistas, podemos ter crianças classificadas como:

  • AUTISMO: com distúrbios na área social, comunicativa e no comportamento que ocorre antes dos três anos e mostra dificuldades de relacionamento, comportamento, interesses e atividades estereotipadas;
  • SÍNDROME DE ASPERGER: dificuldades de interação social e interesses restritos mas sem atraso significativo na linguagem e inteligência na média ou acima da média;
  • AUTISMO ATÍPICO: é quando a criança não atende a todos os critérios que leve ao diagnóstico de autismo ou de Síndrome de Asperger, e os sintomas começam a se manifestar após os três anos;
  • AUTISMO DE ALTO DESEMPENHO: apresentam as dificuldades do transtorno do espectro autista mas com uma inteligência média ou acima da média o qual é facilmente relacionado com a Síndrome de Asperger sendo usado este termo como sinônimo para muitos especialistas;
  • TRANSTORNO SEMÂNTICO PRAGMÁTICO E EVITAÇÃO PATOLÓGICA DE DEMANDAS: usado por alguns especialistas quando se depara com crianças que tem forte resistência a quaisquer demandas que lhe é feita mas sem os sintomas mais clássicos do autismo.