INCLUSÃO: DIFICULDADES NA AQUISIÇÃO DA FALA

IMAGEM DE UM MENINO COM UM BALÃO DE RESPOSTAS EM BRANCO

 

DIFICULDADES NA AQUISIÇÃO DA FALA

Para falar devemos fazer uma combinação de unidades mínimas de som (fonemas). Essas unidades sonoras são representadas graficamente por meio de letras. Por isso, não podemos confundir fonema com letra.

Podemos então definir da seguinte forma: o fonema é um elemento acústico enquanto a letra é um sinal gráfico que representa o fonema segundo a convenção da língua. Nem sempre há uma correspondência entre letra e som.

A aquisição da fala ocorre da seguinte forma:

IDADE FONEMAS
18 MESES B, M
2 ANOS P, T, D, N
2 ANOS E MEIO K, G, NH
3 ANOS F, V, S, Z
3 ANOS E MEIO CH, GE, GI
4 ANOS L LH, R, RR, S, L
5 ANOS AQUISIÇÃO COMPLETA

 

Quando a criança troca alguns fonemas dizemos que ela tem um distúrbio articulatório, ou que ela tem dislalia. Para isto devemos avaliar:

  • O grau de inteligibilidade: quanto maior a quantidade de trocas de letras, menos inteligível a mensagem se torna para quem ouve;
  • A recorrência de erros: qual a frequência em que ocorrem estas trocas (o tempo todo ou esporadicamente);
  • O tipo de troca: a troca realizada prejudica o entendimento da mensagem;
  • O momento em que ocorre: acontece em alguns momentos específicos (quando tem que falar em público) e em outras condições informais as trocas diminuem;
  • O status cultural do contexto em que ela está inserido: o grau de instrução e a forma como a família fala pode interferir na forma como a criança fala;
  • O regionalismo tem que ser levado em conta pois em certas regiões existe uma pronúncia diferente;
  • Aos quatro anos é esperado que haja uma boa comunicação e as mensagens devem ser produzidas e passadas com clareza;
  • Algumas vezes a criança não percebe que está falado de forma errada.

Devemos ficar alerta quando as pessoas não entendem a fala da criança ou quando a fala é muito infantilizada.