INCLUSÃO: COMO AJUDAR CRIANÇAS AGRESSIVAS A TRABALHAREM COM LIMITES E REGRAS?

menino com cara de raiva de blusa azul e empurrando outro criança, ao fundo, que só aparece o corpo

COMO AJUDAR CRIANÇAS AGRESSIVAS A TRABALHAREM COM LIMITES E REGRAS?

A criança que tem condutas agressivas tem dificuldades em trabalhar com limites e regras. Contudo, temos que ter claro que a agressividade não é inerente a criança. Uma criança, na maioria das vezes, não é agressiva, e sim, está agressiva.

A personalidade de uma criança ou de um adolescente é formada por um conjunto de fatores de ordem genética e pelas influências ambientais.

O ambiente familiar e social tem uma influência muito grande no desenvolvimento tanto nos aspectos positivos como negativos.

É pela observação das condutas, de seu meio social, que o indivíduo vai desenvolvendo a sua personalidade. Se seu ambiente familiar e social é agressivo, estes seres em formação acabam aprendendo que os problemas devem ser resolvidos pela violência ou ameaça.

Se os pais são permissivos ou ausentes, eles estabelecem não sabem como seguir regras e tem dificuldades em aprender as condutas morais corretas.

Impor limites é um ato de amor pois a vida vai cobrar estes limites. Desde cedo, o ambiente familiar, social e escolar deve criar um diálogo para uma construção coletiva de regras e limites.

Não adianta deixar o barco rolar e, quando os problemas começam a se agravar, tentar colocar regras e limites a serem seguidos. Estes devem acompanhar o desenvolvimento do indivíduo.

A criança não pode achar que o mundo gira em torno dela e nem ser superprotegida pois, a vida, não superprotege ninguém.

Crianças com condutas muito agressivas podem estar em sofrimento ou passando por uma crise e, em muitas situações, não sabem dizer o que as incomoda. O que muitos adultos esquecem é que o diálogo deve ser direto e olho no olho.

A criança tem que sentir que o adulto se preocupa com ela. Manter a calma, mesmo no momento em que a criança está em crise, é essencial. Não adianta gritar, xingar, bater e colocar de castigo quando a pessoa está tão descontrolada e sem condições de entender a atitude que estamos tomando.

O importante é fazer a criança ou adolescente entender as consequências das suas atitudes e como pode solucionar o impasse que ele mesmo criou. Não acuse ele de saída sem ouvir a sua versão. Se for castigar de alguma forma, tenha certeza de que ele saiba o porque desta atitude.

Acima de tudo, tome uma atitude no momento em que o incidente acontece pois deixar para depois só agrava o problema. Mas, ao tomar uma atitude mais extrema como colocar de castigo ou retirar o que gosta, seja consistente em sua ação e vá até o fim.

Pais e professores devem estar em sintonia para que não aconteça o fato de um colocar o limite e o outro retirar esta punição. Com isto a criança vai aprender quem ela pode manipular ou não.

Se a mãe toma uma atitude, o pai tem que apoiar e, se não concordar, discutir o aspecto longe de seu filho para não tirar a autoridade da mãe. Na escola, se o professor tomar uma atitude, a direção e orientação tem que apoiar e, se não concordar, tratar isto em separado sem que o aluno veja.

A escola pode auxiliar muito no estabelecimento de limites a partir do momento em que propõe brincadeiras onde a criança deve aguardar a sua vez e estimular jogos coletivos onde todos tenham que trabalhar juntos para atender a um fim.

Isto auxilia na aprendizagem de conceitos morais como ética, respeito, solidariedade, hierarquia, trabalho em equipe, disciplina e respeito as diferenças.