INCLUSÃO: A MEMÓRIA E A SUA IMPORTÂNCIA NA APRENDIZAGEM

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A MEMÓRIA E SUA IMPORTÂNCIA NA APRENDIZAGEM

Quando falamos em memória lembramos, muitas vezes, a própria fala dos professores. “Ele sabe em um dia e no outro não sabe mais”, “não consegue gravar nada a memória”, “não adianta o que eu faça, não entra nada na sua cabeça”.

A memória é uma função cognitiva essencial para novas aprendizagens pois significa utilizar um conjunto de estruturas e processos cognitivos que permitem ao indivíduo para fixar, guardar e recuperar diferentes tipos de informação.

A memória se divide em:

– curto prazo: que é a memória imediata ou memória de trabalho. Se uma mensagem tem relevância e significado ela passa para a memória de longo prazo;

– longo prazo: é aquela mensagem ou informação que teve significado e fica armazenada para ser recuperada a qualquer momento.

O processamento da informação ocorre pelo registro ou memória sensorial. Tudo que acontece a nossa volta é captado pelos órgãos sensoriais. Como o cérebro não pode processar tudo o que os sentidos recolhem, as informações irrelevantes são descartadas pelo sistema de processamento.

Quando percebemos algo os nossos sentidos captam e, se julgamos importante, passa para a nossa memória de trabalho. Na memória imediata, ela permanece por cerca de 30 segundos. A memória de trabalho ajuda a captar a nossa atenção e a separar as informações selecionando os estímulos e separando os aspectos relevantes dos irrelevantes para a execução de uma atividade.

Contudo, esta memória de trabalho armazena pequenas quantidades de informação e, sendo esta útil, elas ficam em nossa memória de 15 a 25 minutos. Durante este tempo é que o sistema de processamento decide se a informação é importante ou deve ser descartada. Se for relevante, passa para a memória de longo prazo.

A memória de longo prazo é ilimitada e as informações são arquivadas em diferentes pastas ou níveis que são reorganizados sempre que uma nova informação entra.

Quando a informação é relacionada a datas, nomes e locais ela vai para a memória declarativa, se for regras de lógica ou tabuada vai para a mensagem semântica, se for detalhes bibliográficos para a episódica e se for habilidades e hábitos para a processual.

Mas o que é memorizar?

Memorizar é aprender a evocar informações que vem de estímulos externos, ou seja, de algo que vemos e ouvimos e de estímulos internos como a dor ou pensamento.

Uma pessoa aprende por experiências concretas através dos órgãos dos sentidos. As informações recebidas são captadas e se comunicam com os centros nervosos dos hemisférios cerebrais e com a parte do cérebro responsável pela memória que guarda as informações para que possamos usar quando necessário.

O esquecimento ocorre, muitas vezes, por tentar lembrar através de um critério diferente do utilizado na fixação do aprendizado.

Por isso, as aprendizagens tem que ser apresentadas de forma diferente para que o cérebro possa armazenar as informações por critérios diferentes.

Mas para que uma criança possa memorizar e aprender ela tem que ter um conjunto de condições, capacidades, habilidades e aptidões coordenadas.

Interpretar e memorizar se torna mais fácil quando destacamos as informações e tomamos notas. As estratégias que usamos em sala de aula, quando bem empregadas, podem auxiliar no arquivamento destas informações. Aulas dinâmicas, com recursos didáticos diferenciados, material concreto, com manipulação e com conteúdos adequados a realidade e ao mundo do aluno podem fazer toda a diferença.