INCLUSÃO: A FORMA DE APRENDER DE UMA CRIANÇA QUE APRESENTA TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

MENINA COM AS DUAS MÃOS NA CABEÇA, OLHANDO PARA CIMA, COM UM FUNDO VERDE COM VÁRIAS LETRAS E NÚMEROS EMBARALHADOS

A FORMA DE APRENDER DE UMA CRIANÇA QUE APRESENTA TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Muitas vezes, de forma errônea,  as pessoas comparam a forma de aprender de uma criança autista com a das crianças que apresentam algum déficit intelectual. A forma de aprender de uma criança que apresenta transtorno do espectro autista, é muito diferente daquela de uma criança que apresenta um quadro de deficiência mental.

 

 

Enquanto na deficiência mental existe uma lesão orgânica que impede a aprendizagem, no autismo há uma desorganização psíquica que leva a falta de vontade espontânea para a aprendizagem.

 

 

Desta forma podemos observar que estas crianças tem dificuldades em brincar de faz de conta, de simbolizar, as vezes mantém uma relação pobre com os objetos, ficam presas a rotinas rígidas, possuem interesses restritos, apresentam atitudes bizarras e esquisitas, tem dificuldades na linguagem espontânea pela pobre comunicação, ecolalia ou fala modulada, tendência a se isolarem e dificuldades para lidar com a escrita a leitura como função social.

 

 

Para isto é necessário que a escola respeite o tempo e o espaço de cada criança não tentando parar os sintomas, mas sim, redirecionando este para comportamentos sociais mais adequados. Devemos partir sempre do estabelecimento dos vínculos positivos e não exigir aquilo que a criança não pode dar.

 

 

A criança deve aprender a:

 

  • – socializar-se através do aprender a brincar, da sua independência e locomoção no ambiente; da sua comunicação com o grupo e do desenvolvimento da vontade de buscar e de estar com o outro;
  • – incentivar o uso de todas as formas de linguagem seja pela expressão oral, comunicação aumentativa e alternativa, expressão corporal e sinais, apostando em todas as formas de atividades possíveis seja pelo teatro, culinária, horta, plástica, musical, gráfica, modelagem, brincar e jogar;
  • – trabalhar, em sala de aula, com projetos individuais e em grupo dependendo do interesse e possibilidades dos alunos. Devemos nos lembrar que o processo de alfabetização pode ser lento e frustrante para o professor mas, o que é pouco para nós, pode ser muito para ele. Com a convivência, o professor vai aprender a identificar os sinais de quando ele deve avançar, insistir ou parar;
  • – estabelecer uma rotina para que ele se sinta seguro dentro de um ambiente previsível. Contudo, devemos tomar o cuidado para que esta rotina não agrave, cada vez mais, a sua rigidez comportamental. Existem várias formas de flexibilizar a rotina sem mudar drasticamente a rotina.