A DISLEXIA TEM JEITO?
Existem pessoas que acreditam que o disléxico não tem jeito ou que isto se trata de fantasia das mães para justificar a falta de interesse e a vagabundagem de seus filhos.
O que não falam é que o disléxico tem uma alta criatividade e uma maneira diferente de se relacionar com o mundo e com os objetos de aprendizagem o que, em escolas com um ensino tradicional, não funciona.
O disléxico pensa por imagens o que leva ele a um pensar rápido e criativo.
As dificuldades variam muito. Há disléxicos que apresentam graves atrasos na leitura, escrita e ortografia devido a inversões de símbolos, confusão de tempo e espaço, desorganização e dificuldade de compreensão.
Por outro lado, outros podem ler palavras razoavelmente bem mas não conseguem entender o que leem e, por isso, precisam ler mais de uma vez para entender o sentido pois é difícil fazer a palavra escrita fazer sentido para ele.
Mas uma coisa é certa. Disléxicos são capazes de ver os atributos tridimensionais, compreendem com as coisas funcionam o que os leva a um talento especial para consertar coisas, entender máquinas, eletrônica, construção, artes visuais e todas as tarefas que exigem criatividade como as executadas por cientistas, inventores, atletas e atores.
Para aprender uma pessoa com dislexia tem que tocar, discutir e conceituar a informação que está aprendendo precisando, desta forma, de um método multissensorial que acaba por estimular várias partes do cérebro que facilita a retenção a longo prazo.
A dislexia é mal entendida no ambiente escolar e não é difícil ouvir expressões como “ele nunca vai aprender”, “isto não existe e ele é malandro mesmo”.
Na realidade, sem acompanhamento, estes alunos que apresentam uma inteligência na média ou acima da média, acabam se tornando analfabetos funcionais pois não conseguem dar sentido a palavra escrita.
O que acontece com eles é uma desorientação que leva a confusão de símbolos envolvidos na leitura, escrita, ortografia e cálculo. Mas, por outro lado, são altamente inteligentes e intuitivos.