TECNOLOGIA ASSISTIVA PARA ALUNOS COM TRANSTORNOS GLOBAIS DE DESENVOLVIMENTO
Em relação aos transtornos globais do desenvolvimento, as maiores dificuldades dos alunos que apresentam transtornos do espectro autista, estão relacionadas às barreiras existentes na comunicação e na interação social.
Desta forma, em muitos casos, a comunicação aumentativa e alternativa pode concretizar a interação deste indivíduo, com o mundo ao seu redor, a partir do momento que permite que estes expressem seus desejos e necessidades.
Nunes (2002) enfatiza que a comunicação é uma necessidade básica entre os homens e um aspecto fundamental para sobrevivência. Desde seu nascimento, a criança faz uso do choro e do riso para expressar suas vontades aprendendo a falar aos poucos pelos seus gestos e postura, mantendo, assim, contato com os demais e se tornando ativa em seu meio.
Glennem (1997) coloca que a comunicação alternativa e ampliada é definida como o uso de outras formas de comunicação, além da modalidade oral, como o uso de gestos, língua de sinais, expressões faciais, uso de pranchas de alfabeto, de símbolos pictográficos chegando, em alguns casos, até ao uso de vocalizadores que utilizam sistemas sofisticados de computador com voz sintetizada.
Nesta visão, considera-se que a comunicação é alternativa pois oportuniza, ao indivíduo, outra forma de comunicação quando a capacidade de expressão pela fala se encontra ausente ou limitada e, ampliada, quando ele possui alguma forma de comunicação mas esta não é suficiente para estabelecer uma boa troca social.
Para a sua implementação, utiliza-se softwares como o BLISS (Blissymbols), PCS (Picture Communication Symbols), PIC (Pictogram Ideograma Communication symbols), Boardmaker Speaking Dynamically Pro e Writing with Symbols.
Estes softwares permitem a criação de PECs (Picture Exchange Communication System) que é um sistema de comunicação baseado pela troca de figuras que foi desenvolvido nos Estados Unidos, na década de 80, por Lori Frost e Andrew Bondy.
Telmo (2006) salienta que o PECS é um sistema que cria recursos manuais ou computadorizados de comunicação alternativa adaptados para pessoas com severas dificuldades na comunicação, como autistas e paralisados cerebrais, os quais não são capazes de usar a fala para se comunicar, ou a usam de forma limitada, reduzindo os parceiros e as situações de comunicação.