INCLUSÃO: SER BONZINHO E OBEDIENTE É SEMPRE UMA BENÇÃO PARA OS PAIS?

MENINA LOIRA, DE CAMISA ROSA, SENTADA EM UMA MESA COM TOALHA XADREZ VERDE CLARA E COMENDO SOZINHA

SER BONZINHO E OBEDIENTE É SEMPRE UMA BENÇÃO PARA OS PAIS?

 

Quem não quer um filho bonzinho e obediente. Aquele filho que sempre arruma tudo, tira notas boas, não reclama de nada, seu quarto está sempre arrumado. Isto é o sonho de qualquer mãe ou pai.

Mas nem sempre isto é uma benção. Crianças com este temperamento podem ter uma extrema dificuldade de se impor e expressar seus desejos, opiniões e pontos de vista o que gera extrema angústia.

Eles costumam ficar ansiosos quando os colegas não seguem as regras, quando há muita bagunça na sala de aula e acabam por receber menos atenção dos pais e professores justamente porque não dão trabalho.

Isto gera uma frustração muito grande e, estas emoções que são mal administradas, levam a prejuízos significativos para a vida adulta.

Para estas crianças, de temperamento tão dócil, é difícil discordar dos outros e acabam achando que a opinião dos outros tem mais peso e mais valor que a sua própria opinião.

É essencial que pais e professores falem com o seu filho ou aluno sobre estes sentimentos, apoiando-o e aconselhando-o a ter autoconfiança para enfrentar os desafios e se posicionar perante o grupo.

Uma estratégia muito boa é utilizar livros e filmes infantis onde pais e professores podem utilizar personagens com os quais a criança pode se identificar.

As histórias infantis são uma forma lúdica de trabalhar emoções complexas como o medo, a ansiedade, a solidão e o bullying.

Seguir normas e ordens é correto e deve ser sempre estimulado. O problemas é quando esta rigidez causa sentimentos de inferioridade e baixa autoestima, além de uma preocupação excessiva que leva ao medo de fracassar e de decepcionar os outros.

Temos que ser rigorosos e não rígidos com as nossas normas e condutas. Não podemos esquecer que a criança é um ser em desenvolvimento e que é normal “aprontar” de vez em quando.

Não podemos formar “pequenos adultos!” pois estaremos tirando da criança experiências poderosas para a estimulação da sua criatividade e da sua capacidade de expressão e liderança.