PRAXIAS: O PROCESSAMENTO MOTOR
As praxia definidas como o processamento motor são os movimentos organizados que dependem das experiências prévias, ou seja, a execução de atos voluntários que são aprendidos ao longo da vida como caminhar, vestir-se, cumprimentar alguém, pentear os cabelos, correr, andar de bicicleta e escrever.
Toda a informação proprioceptiva leva a um esquema e padrões que são consolidados pela repetição e, ao serem automatizados, resultam no produto da aprendizagem.]
Pela prática, e não pela mera repetição, é que aluno vai aprender a recortar, dobrar, modelar, controlar a preensão e, consequentemente, vai formar as mais variadas destrezas motoras.
Desta forma, quando falamos em psicomotricidade, esta engloba os seguintes aspectos:
– motor: tônus muscular, controle e dissociação de movimentos (capacidade de realizar movimentos independentes entre os distintos segmentos musculares), eficiência motora (velocidade e precisão dos movimentos realizados), equilíbrio (controlar o corpo no espaço e recuperar, quando necessário, a postura após um movimento), e lateralidade (direcionalidada e dominância lateral);
– cognitivo: a partir do momento que o indivíduo domina as relações espaciais, temporais e simbólicas ele é capaz de adquirir a noção de tempo, esquema corporal e a sua localização no espaço a partir do próprio corpo.
Contudo, dominar as relações exige algumas habilidades importantes tais como:
– orientação espacial: capacidade de manter o corpo no espaço pois, caso contrário, o aluno terá dificuldades na escrita realizando trocas entre b/d, p/q, b/p, u/n, a/e, f/t, 6/9, 3/5;
– estruturação espacial: capacidade de estabelecer relações entre os elementos que formam o todo caso contrário o aluno terá dificuldades para selecionar adequadamente os estímulos, separar os aspectos relevantes dos irrelevantes para a execução de uma atividade, de achar o sucessor e o antecessor, para medir, ter a noção de comprimento e de capacidade;
– organização espacial: é a capacidade de saber organizar os elementos de acordo com o espaço e tempo caso contrário o aluno ter dificuldades em entender sequencias, vizinhança, proximidade, anterior, posterior, não consegue ordenar leras para escrever uma palavra e ordenar números.
Desta forma, o ensino pré-escolar tem vital importância para a alfabetização dos nossos alunos pois estas habilidades são muito mais trabalhadas, nesta etapa da escolarização, do que no ensino fundamental. O que temos que ter claro é que atualmente os nossos alunos ingressam no ensino fundamental mais cedo e, muitas vezes, ainda não estão prontos para trabalhar com as letras de forma, cursiva e a do livro didático simultaneamente.
A letra de forma é a que mais vimos no nosso dia a dia pois, poucos anúncios e propagandas, utilizam a letra cursiva. Além de ser mais difícil para o aluno, pela similaridade entre ela, a letra cursiva exige um controle motor mais refinado e, a letra impressa dificulta pela similaridade posicional.
É preferível que a criança aprenda a letra de forma, inicialmente, e conforme vai amadurecendo as outras letras podem ser introduzidas.
Nos links abaixo encontramos dois livros que abordam o desenvolvimento infantil e questões relacionadas a esta criança que, atualmente, está iniciando o ensino fundamental aos 6 anos.
EDUCAÇÃO INFANTIL DOS A AOS 6 ANOS