INCLUSÃO: OITO SINTOMAS DE DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

IMAGEM DO CEBOLINHA DIZENDO A SUA MANEIRA É ERRANDO QUE SE APRENDE

 

OITO SINTOMAS DE DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

 

Na escola, o professor pode notar no dia a dia escolar alguns sinais que podem indicar que o aluno possa estar passando por dificuldades no seu processo de aprendizagem. Entre estes podemos citar:

1. Tem dificuldades em entender e seguir tarefas e instruções, ou seja, falhas na linguagem compreensiva onde muitas das ordens dadas devem ser demonstradas concretamente para que sejam entendidas;

2. Apresenta dificuldades em recordar o que alguém acaba de lhe dizer, ou seja, falhas na memória de curto, médio e longo prazo. Quando questionados sobre algum conteúdo ou ordem dada, os alunos costumam ficar com o olhar vazio e perdido;

3. Não domina as destrezas básicas de leitura, soletração, escrita, cálculo e, por isso, fracassa no trabalho escolar, ou seja, demoram para se aprimorar da leitura e escrita manifestando um atraso de dois anos se comparados com os colegas da mesma faixa etária;

4. Apresenta dificuldade de distinguir direita e esquerda, de identificar palavras e tendência de escrever as coisas ao contrário, ou seja, perdem-se quando copiam do quadro, começam a copiar e vão afastando-se cada vez mais da margem a ponto do final do texto acabar no centro do caderno e, até mesmo, copiam com o caderno virado sem se dar conta;

5. Mostra problemas em sua coordenação motora, ou seja, manifestam dificuldades em realizar movimentos harmônicos, podem apresentar dificuldades com o equilíbrio estático e dinâmico, em usar o freio inibitório em brincadeiras, dificuldades em atividades que exijam destreza manual e problemas com a escrita podendo manifestar uma letra mal traçada constituindo-se um caso de disgrafia;

6. É vítima de sua própria desordem. Perde com facilidade seu material escolar, ou seja, não sabe onde encontrar as suas coisas, perde-se na entrega dos trabalhos, não lembra compromissos, confunde-se com os materiais a serem utilizados em uma atividade;

7. Usa mal ou não entende os conceitos relacionados com o tempo, ou seja, tem dificuldades em organizar sentenças de acontecimentos, de realizar uma produção escrita com início, meio e fim, de nomear os dias da semana e os meses do ano e de localizar-se em períodos mais prolongados de tempo;

8. Irrita-se e excita-se com facilidade, ou seja, apresenta uma baixa tolerância a frustração, tem dificuldades em lidar com os problemas do dia dia, perde a paciência quando não entende o que esperado dele e tem um humor oscilante.

Para auxiliar o aluno o professor pode:

1. Solicitar toda a informação sobre os diferentes problemas da aprendizagem estudando as características dos alunos que apresentam transtornos de aprendizagem. Apenas podemos entender o nosso aluno e ajudá-lo a partir do momento que entendemos o que está acontecendo com ele.

2. Averiguar quais são as possibilidades e interesses do aluno. Tudo fica mais fácil para estes alunos quando as atividades estão de acordo com as suas possibilidades. Não devemos dar apenas tarefas fáceis pois não estaremos dando desafios para que o aluno supere as suas dificuldades e aprenda com os seus erros. Também não podemos oferecer atividades acima das suas possibilidades pois estaremos levando os nossos alunos a um nível de stress muito alto. Temos que incentivar eles e fazerem as coisas com empenho e, aquilo que eles não conseguem fazer sozinhos, devemos fazer com ele mas não por ele. Além disso, se levarmos em conta os seus interesses tudo ficará mais fácil pois aprender depende de três fatores: motivação, engajamento e prazer;

3. Identificar as áreas específicas nas quais os alunos teem dificuldades e solicitar a ajuda de um especialista. Tem coisas que o professor não consegue resolver sozinho em sala de aula e, a ajuda de profissionais especializados trabalhando junto com o professor, podem ser o fator decisivo entre o sucesso e o fracasso escolar;

4. Planejar um programa de educação específico para o aluno com dificuldades de aprendizagem. Não adianta querer que um aluno que tenha um transtorno de aprendizagem cumpra o mesmo planejamento que um aluno sem o transtorno. As capacidades, habilidades e competências destes alunos teem que ser levadas em conta e o programa escolar tem que procurar um sistema de avaliação qualitativo e não quantitativo;

5. Dividir as tarefas em etapas menores e dar instruções verbais e escritas. A maneira como conduzimos a nossa aula, apoiando cada novo conteúdo em recursos visuais e atividades diversificadas e nos certificando que ele entendeu cada etapa antes de passar para outra pode garantir um ensino eficiente e efetivo;

6. Proporcionar ao aluno mais tempo para terminar as suas atividades. Cada aluno tem as suas características próprias e o seu ritmo e, este ritmo, tem que ser respeitado. Não é superproteção deixar um aluno fazer uma prova em turno inverso ou em dois períodos;

7. Facilitar ao aluno com problemas no manejo de materiais escolares os mais adequados para que ele possa executar as suas tarefas. Existem alunos com dificuldades na motricidade fina que necessitam de adaptadores em seu lápis para melhorar a grafia, ou lápis quadriculado para dar uma sensação tátil melhor ou até uma caneta específica que ajude a escrita pois desliza melhor no papel. Para isto o professor tem que conhecer os recursos disponíveis e ter claro que, em alguns casos, o uso da tecnologia se torna necessário;

8. Ensinar destrezas para a organização, estudo e aprendizagem. Nossos alunos, com algum transtorno na aprendizagem, não costumam utilizar estratégias cognitivas e metacognitivas ao  estudar como sublinhar, realizar esquemas, criar listas de ideias para a escrita de uma redação e analisar os seus erros. Estes aspectos tem que ser ensinados para o aluno pois facilitarão a sua aprendizagem;

9. Trabalhar com os pais dos alunos. Não existe trabalho de qualidade quando a família e a escola não trabalham juntas pois o aluno acaba não transferindo a aprendizagem de um contexto para outro. Escola e família tem que trabalhar em conjunto valorizando os esforços de cada um e procurando passar para o aluno a tranquilidade que ele precisa para vencer as suas dificuldades.