INCLUSÃO: O UNIVERSO AUTISTA: FAMÍLIA E ESCOLA TRABALHANDO JUNTAS

MÃE E FILHO BRINCANDO NO CHÃO COM CUBOS

O UNIVERSO AUTISTA: FAMÍLIA E ESCOLA TRABALHANDO JUNTAS

Para uma família receber um diagnóstico de autismo não é nada fácil. O período de luto pode variar de alguns dias a anos e, e alguns casos, pode nunca acabar.

Que a inclusão de alunos autistas, em escolas regulares, é difícil e complicada nós todos sabemos. Contudo, escola e família devem trabalhar juntas pois se os pais estão toda hora descontentes e a escola chama os pais, com frequência, para dizer que o filho é difícil um conflito acaba surgindo.

Que o filho é difícil os pais já sabem. Contudo, a função da família é trabalhar junto com a escola para que tudo fique mais fácil

Muitos professor colocam que não veem uma inclusão dos alunos autistas, em termos pedagógicos, e que eles estão na escola apenas para se socializar. Isto não deixa de ser verdade, em algumas situações, pois para existir uma inclusão tem que haver uma mínima possibilidade de inclusão por parte da família e da escola.

Os pareceres descritivos e planejamentos pedagógicos de alunos autistas, na sua maioria, fala mais da socialização do que de habilidades e competências.

O que família e a escola tem que ter claro é que estes alunos tem um limite de tolerância. Forçar uma criança a ficar quatro horas sentada em um ambiente que não tem a mínima estrutura não é educação, e sim, punição.

Os nossos paradigmas educacionais pregam uma educação baseada na afetividade. Mas o que significa afetividade?

Estudiosos como Wallon, Piaget e Vygotsky já atribuíam a importância da afetividade no processo evolutivo.

Segundo os nossos dicionários, a afetividade é o estado psicológico que permite ao ser humano demonstrar os seus sentimentos e emoções a outro ou objetos. Na definição da psicologia, é considerada a suscetibilidade que o ser humano experimenta, perante determinadas alterações, que acontecem no mundo exterior ou em si próprio dependendo da qualidade de experiências agradáveis ou desagradáveis.

Se esta afetividade é direcionada só para a criança ela se torna em pena e, a pena, em superproteção e tudo vai por água a baixo. Em tenho é que gostar daquilo que eu faço, tenho que estar aberto para as experiências agradáveis e desagradáveis e, quando somos capacitados, não direcionamos a nossa afetividade para o aluno, e sim, para o trabalho.

Não podemos misturar o pessoal com o profissional. O pai e a mãe amam seu filho, nós amamos trabalhar com ele. Em todas as nossas relações isto acontece. Eu posso gostar de um colega de trabalho mas não tenho que concordar com tudo que ele faz.

A educação de uma criança autista não pode ser baseada na expressão da afetividade e da iteração somente pelo contato visual. Para eles o contato visual é difícil. O que vale é um contato visual espontâneo e desejado e não por convenção ou forçado.

O aprender vai depender do processo de interação social. com as pessoas que atuam com o aluno e sua a família, que vão agir como mediadores entre o indivíduo e o meio. Desta forma, se os professores não tem capacitação esta mediação não vai acontecer.

Os pais de cada membro deste processo deve ser claro. Os pais educam em termos de valores e limites, a escola coloca estes limites em prática, os professores ensinam conteúdos, habilidades e competências pois a sua formação é para a docência e os serviços de educação especial ajustam os processos de aprendizagem e os materiais para serem usados em qualquer circunstancias.