INCLUSÃO: O BEHAVIORISMO E S SUA INFLUÊNCIA NA EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS QUE APRESENTAM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

MENINO LOIRO COM OS OLHOS FECHADOS E PUXADO AS CABELOS

O BEHAVIORISMO E S SUA INFLUÊNCIA NA EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS QUE APRESENTAM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

O behaviorismo tem uma grande influência nos métodos e programas usados na educação e tratamento de crianças com transtornos do espectro autista.

 
As pesquisas de Ivan Pavlov, Edward Lee Thorndike, Watson e B. F. Skinner, que foram os pioneiros no estudo do behaviorismo e nos estudos do comportamento operante, trouxeram contribuições muito importantes para a educação de crianças e adolescentes com níveis intelectuais reduzidos ou com transtornos cujas características dificultam a adequada interação com o ambiente e apresentam comportamentos inadequados na relação social.

 
Nos seus experimentos, Ivan Pavlov constatou que a aprendizagem resultava da associação entre estímulos e as respostas poderiam ser incondicionadas ou não. Ele se referia a estímulos como qualquer elemento do ambiente que produz efeito ou reação e, por consequência, uma mudança no comportamento e, define o conceito de resposta, como qualquer atividade resultante seja ela motora ou emocional.

 
Thorndike, em seus estudos, constatou que as respostas ou comportamentos que eram seguidos por consequências ou efeitos satisfatórios, tendiam a se repetir futuramente enquanto, as respostas ou comportamentos seguidos de respostas ou consequências aversivas ou desagradáveis, tendiam a diminuir ou não ocorrer novamente. Com estes estudos ele criou a lei do efeito que é muito debatida, atualmente, dentro da terapia cognitiva comportamental.

 
Nestes estudos, surgiram os conceitos de condicionamento clássico e operante. No condicionamento clássico, os pioneiros do behaviorismo colocam que a aprendizagem ocorre ao responder a um estímulo neutro que, anteriormente, não produzia resposta sendo a aprendizagem o resultado da associação de dois estímulos.

 
No condicionamento operante, a aprendizagem ocorre quando o sujeito aprende a associar o comportamento com as consequências que resultam deste comportamento.

 
Estas duas definições diferem nos seguintes aspectos:

 

  • • Em relação aos estímulos, no clássico o comportamento é decorrência da associação entre estímulos neutros e incondicionados enquanto, no operante, o comportamento é acompanhado de consequências positivas;
  • • Em relação as respostas, no clássico os comportamentos são reflexos ou respostas automáticas ou involuntárias enquanto, no operante, são comportamentos aprendidos e adquiridos se transformando em respostas voluntárias;
  • • Em relação ao papel do sujeito, na aprendizagem, no clássico este é passivo (mecânico) e no operante ele é ativo a partir do momento que ele faz algo para obter satisfação ou evitar a dor;
  • • Em relação ao tipo de aprendizagem, no clássico esta ocorre por associação aos estímulos e no operante acontece pelo reforço;
  • • Em relação a resposta ao reforço, no clássico o reforço precede a resposta independente desta e no operante sucede a resposta e depende desta.

Sendo assim, os pesquisadores conseguiram constatar que o condicionamento operante ocorre sempre que as consequências, que seguem a uma ação, aumentam ou reduzem a probabilidades de que a resposta ocorra novamente.

 
Este conceito é simples e coloca que se uma ação específica é seguida por resultados agradáveis, provavelmente, este ato vai se repetir em outras situações mas, se o resultado é desagradável, é provável que isto ocorra com menos frequência.

 
Seus princípios são baseados nos seguinte aspectos:

 

 

  • • Se existe um reforço positivo, vamos ter uma resposta satisfatória e um aumento da probabilidade de ocorrência;
  • • Se existe uma punição positiva, vamos ter uma resposta aversiva e uma diminuição na probabilidade de ocorrência;
  • • Se existe um reforço negativo, elimina a ocorrência de um estimulo aversivo, mas vai causar um aumento na probabilidade de ocorrência;
  • • Se ocorrer o treinamento de omissão, elimina a ocorrência de um estímulo aversivo, que vai levar a probabilidade de diminuição na ocorrência da resposta.