INCLUSÃO: O ALUNO DISLÉXICO NO AMBIENTE ESCOLAR

ALUNO COM O PROFESSOR TRABALHANDO NA MESA

O ALUNO DISLÉXICO NO AMBIENTE ESCOLAR

Um aluno com dislexia, quando frequenta uma escola com um ensino tradicional, passa por muitas dificuldades pois seu modelo de aprendizagem não vai ao encontro dos moldes propostos por estas instituições de ensino.
O aluno com dislexia tem dificuldades com lidar com as diferentes formas de grafia. A letra cursiva e a de computador são mais difíceis que a letra de forma. Contudo, as escolas que colocam como pré-requisito o reconhecimento e uso de topos os tipos de letra, desrespeitam uma característica inerente da dislexia.
No início da alfabetização, devemos introduza a letra de forma e não misturar os diferentes símbolos ao mesmo tempo. Deixe o aluno aprender a ler primeiro para depois solicitar a decodificação de novas grafias.
Ao introduzir as vogais comece com o a, i, o. Depois de treinadas e fixadas, entre com o e, u. assim, separamos grafias parecidas. Use métodos multissensoriais que facilitam a aprendizagem do aluno.
Muitos disléxicos apresentam disgrafia. Não adianta um caderno de caligrafia e fazer com que ele escreva cem vezes a mesma palavra. O melhor é trabalhar a questão motora e identificar qual o tipo de disgrafia que apresentam. Em casos muito graves, se aconselha a digitação.
Os disléxicos tem dificuldades com aulas expositivas sem apoio visual. Se o professor usar palavras chaves, no quadro, ele conseguirá organizar o seu pensamento com mais facilidade.
Não dê trabalhos e provas com pouco espaço entre as linhas e parágrafos. Ele se perde pela questão espacial. Quando tenta reduzir a letra, para caber no espaço, a escrita piora.
A consciência fonológica destes alunos é muito pobre. Deixe em sala de aula cartazes que associem gravuras a sons específicos.
A matemática pode ser prejudicada pela defasagem na lateralidade e não pelo desenvolvimento do raciocínio lógico matemático. A apresentação dos cálculos deve ser modificada de acordo com a necessidade do aluno.
Além disso, provas longas de matemática que avaliam em um único dia cálculos, problemas e outros conceitos, são um convite ao fracasso mais pelo cansaço do que pela falta de conhecimento do conteúdo.
Os alunos possuem melhor rendimento em provas de múltipla escolha, numerar uma coluna de acordo com a outra e de colocar verdadeiro e falso.
Não faça provas longas que possuam muita leitura e escrita. Sua lentidão faz com que ele não consiga terminar ou, ao lutar com o tempo, acaba ansioso e não consegue fazer.
Deixe o aluno sentado próximo ao professor para que ele possa solicitar ajuda sem que o resto da turma veja.
Depois de uma explicação, verifique discretamente se ele entendeu a ordem dada.
Sempre leia as provas e as atividades propostas em voz alta. Além disso, não use letra pequena para a realização das tarefas, no mínimo a doze mas de preferência a quatorze.
Deixe o aluno gravar a aula se ele quiser.