O ALUNO AUTISTA E A ESCOLA: O QUE OS PROFESSORES DEVEM SABER PARA FACILITAR O PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR?
Os alunos que apresentam transtornos do espectro autista, pelos seus comprometimentos na comunicação, interação social e a fixação em atividades restritivas e estereotipadas, possuem algumas dificuldades na sua adaptação ao ambiente escolar.
As principais características que estes alunos apresentam são:
– tendência a isolar-se e, consequentemente se desligarem do ambiente externo onde não atendem quando chamados, evitam ou não mantém o contato visual;
– em alguns casos resistem ao contato físico e preferem brincar e trabalhar sozinhos;
– não demonstram medo em situações de perigo;
– manifestam uma labilidade emocional onde podemos notar birras, crises de choro sem motivo aparente;
– podem ser extremamente calmos ou hiperativos;
– manifestam dificuldades em lidar com a quebra de rotina e, a imprevisibilidade, gera ansiedade;
– costumam usar as pessoas como objetos;
– manifestam apego a objetos ou usam de forma inapropriada alguns objetos centrando, a sua atenção, em partes do objeto como, por exemplo, se fixar nas rodinhas ao invés do carro como um todo;
– podem ser sensíveis ao barulho e a algumas texturas;
– comunicação prejudicada onde a fala pode estar ausente ou, se está presente, pode manifestar ecolalia ou ter dificuldades para iniciar e manter uma conversa;
– entendem as coisas de forma literal e tem dificuldades em se colocar no lugar dos outros e de compreender os aspectos subjetivos presentes em uma conversa bem como compreender os desejos e sentimentos dos outros.
– capacidade sensorial alterada onde o tato, audição e visão podem ser mais sensíveis o que exige que o professor fale com um tom de voz mais calmo, baixo e tenha que manter a sala de aula organizada;
– geralmente, não brincam de faz de conta e tem dificuldades para interagir com o grupo em atividades que tenham que usar a imaginação e a criação de papéis.