INTEGRAÇÃO SENSORIAL: O PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO
A integração sensorial é o processo neurológico que organiza e interpreta a informação sensorial, recebida do meio ambiente e do nosso corpo, permitindo usar efetivamente o corpo no ambiente a partir de respostas adaptativas.
Os sentidos nos informam sobre o que se passa ao nosso redor e o que está acontecendo com o nosso corpo. Este pode ser definido como um processo circular onde ocorre a entrada da informação, sua integração, conceitualização e, finalmente, o planejamento que nos leva a dar uma resposta adaptativa para o momento e, consequentemente, é sempre retroalimentado.
Um processamento adequado da informação sensorial é fundamental para o desenvolvimento emocional, social, físico e cognitivo. Desta forma, ele é primordial para a aprendizagem pois usamos estas informações para planejar a nossa conduta, aprender e produzir conceitos e condutas motoras.
Dificuldades nesta área prejudicam a formação de conceitos, a aprendizagem acadêmica, comportamento e as habilidades motoras. Podem existir problemas na:
- MODELAGEM SENSORIAL: problemas para regular uma nova informação sensorial levando a defensibilidade sensorial que afetam a conduta e o desenvolvimento emocional;
- DISCRIMINAÇÃO SENSORIAL: dificuldades nas habilidades para interpretar a informação sensorial que muitas vezes resulta em problemas na prática motora;
- HIPERSENSIBILIDADE: pode ter reação alta ao tato, movimento e sons que os leva a evitar o toque, texturas, alimentos e ambientes;
- BAIXA REAÇÃO A ESTIMULAÇÃO SENSORIAL: onde buscam experiências sensoriais intensas tais como girar rapidamente o corpo, cair e chocar com os objetos, não ser sensível a dor ou a posição do corpo flutuando em reações muito baixas e excessivas.
- PLANEJAMENTO MOTOR: leva a dificuldades de aprender novas alternativas motoras e geralmente é a causa de um equilíbrio pobre;
- ATRASO NO DESENVOLVIMENTO: podem ter problemas na área acadêmica, mesmo com inteligência normal, problemas de escrita, no uso de talheres, para amarrar os sapatos, abotoar e usar zíper;
- DEFENSIBILIDADE TÁTIL: reage, principalmente, ao toque suave, evita ser tocado, detesta multidões, irrita-se quando cortam ou tocam no seu cabelo;
- POBRE ORGANIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO: impulsivos, distraídos, falta de planejamento, não antecipa as ações, dificuldades em adaptar-se as novas situações ou para ajustar-se as mudanças, dificuldades em seguir uma sequência e instruções, reage agressivamente a frustração ou isolando-se diante do fracasso;
- DEFENSIBILIDADE ORAL: irrita-se com atividades orais como escovar os dentes;
- INSEGURANÇA GRAVITACIONAL E POSTURAL: temor excessivo de movimento ou mudanças de postura principalmente quando envolvem movimentos com a cabeça, se assustam quando sobem e descem escadas, em balanços e em objetos de girar;
- DEFENSIBILIDADE OLFATIVA: os cheiros e odores incomodam e os levam até a rejeitar alimentos.