HABILIDADES MOTORAS NECESSÁRIAS PARA A ESCRITA
Para que a criança possa desenvolver a sua escrita, é necessário que ela tenha algumas habilidades bem trabalhadas.
Sendo assim, o indivíduo tem que apresentar:
- – controle motor global: é necessário que o indivíduo crie a imagem do movimento desejado e expresse esta imagem na forma de comportamento (ação). Quando tem controle motor, o aluno garante a manutenção da postura e da movimentação de partes específicas do corpo para realizar atividades manipulativas;
- – controle tônico: veem da estruturação dos centros neurológicos que cuidam da postura, das posições e a gestualidade do corpo. Para isto a criança tem que ter um tônus muscular adequado que mantenha a contração e o equilíbrio.
- – independência segmentar: lei céfálo caudal (as partes do corpo, mais perto da cabeça, são controladas antes. A criança mantém a cabeça ereta antes do tronco e sua os membros superiores antes dos inferiores). Lei próximo-distal (as partes mais próximas do eixo corporal são controladas antes. O ombro é controlado antes do cotovelo, depois a mão e os dedos são os últimos a se especializarem);
- – persistência motora: está ligada a postura, controle do tônus e do equilíbrio. É a capacidade de manter o controle do corpo em uma posição, por um determinado tempo. Se isto não é bem desenvolvido interfere na atenção, raciocínio, memoria e aprendizagem.
- – pressão: é a capacidade de imprimir uma força controlada em um objeto sobre uma base. No escrever, é a pressão do lápis sobre o caderno, o giz no quadro, lápis de cor e pincéis na pintura e da borracha para apagar. No início, a força é maior mas, com a experiência, tende a diminuir. Mas se persiste, vai levar ao cansaço e ao desinteresse devido a pressão inadequada.
- – discriminação visual: capacidade de reconhecer qualquer figura ou forma independente de seu tamanho, orientação, posição, cor e profundidade. Se este aspecto não é bem trabalhado, a criança confunde letras parecidas;
- – posição no espaço: habilidade em reconhecer e perceber qualquer forma em qualquer posição no espaço. Ela é adquirida com a consciência da lateralização espaço corporal.
- – coordenação visomotora: capacidade de coordenar a visão com a produção de respostas motoras e grafomotoras no desenho, cópia, escrita e manipulação de objetos;
- – integração óculo manual: capacidade de manter a atividade manual no controle do olhar. A visão fixada a mão leva a destreza e a precisão que é essencial para que ele possa respeitar as linhas do caderno;
- – destrezas manuais e digitais básicas: requer maturação neurológica e controle global do corpo para a execução de movimentos fixos;
- – preensão: é o ato de agarrar objetos desde os maiores até um grão de arroz. Para escrever, o aluno tem que ter preensão com pinça de três dedos. Se isto não acontecer, não libera a mão, o punho e o braço. O dedo polegar e indicador seguram e o dedo médio direciona.
Um erro que cometemos é de oferecer, precocemente, objetos inadequados a criança que provocam a alteração na preensão.
Devemos iniciar com lápis grossos triangulares até chegar nos mais finos. Além disso, temos que fazer com que a criança realize atividade de picar, colar, amarrar, dobrar, recortar com as mãos, fazer alinhavos e utilizar massa de modelar.