INCLUSÃO: FATORES QUE PODEM INTERFERIR NAS ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM

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FATORES QUE PODEM INTERFERIR NAS ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM

É pela comunicação que o ser humano pode transmitir as informações, seus desejos e necessidades. Desta forma, a linguagem se constitui em um conjunto de regras e princípios que o ser humano usa para relacionar o som ao significado.

Contudo, a fala pode ser afetada por fatores:

– orgânicos: perdas auditivas congênitas, otites de repetição, fissuras labiais, palatais, síndromes genéticas;

– orofaciais; distúrbios de articulação devido a mordidas abertas, má oclusão dentária, respiração bucal, lábio leporino, freio da língua curto, macroglossia (tamanho da língua acima do normal);

– psicológicos: mudanças no ambiente, nascimento de irmãos, superproteção dos pais e pouca estimulação;

– ambientais: fala infantilizada incentivada por adultos;

– externas: uso prolongado de chupetas e mamadeiras que devem ser retiradas até uma ano e meio.

As trocas que ocorrem na fala podem ser por:

– omissão: quando omite um fonema;

– substituição: troca um fonema por outro;

– distorção: troca um fonema por outro aproximado;

– contaminação: copia um fonema próximo;

– transposição: troca o fonema de lugar na palavra.

Alguns alunos possuem dificuldades na expressão oral e na linguagem expressiva. Entre estas dificuldades encontramos transtornos:

– FONÉTICOS: afetam a produção da linguagem. O problema está localizado na área motora e articulatória que gera omissões, falta de produção de um som, substituição de um som por outro que não existe no sistema fonético e adição de sons desnecessários;

– FONOLÓGICO: acontece a nível perceptivo e organizacional que afeta a discriminação auditiva perturbando os mecanismos de conceptualização dos sons. São erros de pronúncia que podem ser substituições (mudanças no ponto de articulação), assimilação (usa um som próximo) e que afetam a estrutura silábica.

– DISGLOSIA: dislalia orgânica, alteração na articulação dos sons devido a problemas congênitos ou adquiridos nos órgãos envolvidos na fala como língua, dentes, mandíbula e palato.

As dificuldades podem ser de origem:

– LABIAL: alterações na força, forma ou mobilidade dos lábios, lábio leporino, freio labial e paralisia cerebral. Acarreta dificuldades na articulação das consoantes P, B, M, C e nas vogais O, U;

– DENTAL: anomalias na forma e posição dos dentes, produzindo alterações na articulação e na pronúncia do S;

– MANDIBULAR: alterações na forma como um ou os dois maxilares atuam produzindo transtornos na articulação;

– LINGUAL: alterações orgânicas da língua tais como: freio lingual, paralisia da língua, má formação lingual e tamanho da língua. As alterações produzem problemas na articulação do R, L e a paralisia bilateral gera dificuldades em todas as consoantes;

– PALATINA: alterações orgânicas do palato causam dificuldades na articulação dos sons S, J, Z, F, R, T, D, L.

– DISARTRIA: dificuldades no ato motor da expressão oral. A causa é uma alteração no controle muscular dos mecanismos associados com a fala devido a uma lesão no sistema nervoso central que afeta a articulação, ritmo e acentuação. É comum na paralisia cerebral onde aparecem omissões voluntárias ou automáticas com voz forçada, dificuldades na coordenação respiratória, movimentos involuntários com a língua e lábios, articulação defeituosa, ritmo e emissão lenta, tom e volume de voz alterados e alteração na duração dos sons.