DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA
A deficiência múltipla se refere a associação de duas ou mais deficiências que podem ser sensoriais e/ou físicas, como também associadas a distúrbios neurológicos e na linguagem, as quais acarretam dificuldades no desenvolvimento, educacionais, vocacionais, sócioemocionais e de autossuficiência.
O quadro é caracterizado de acordo com o nível de desenvolvimento, o tipo de alteração e a necessidade especial que ela apresenta.
As principais características destes indivíduos são:
– dificuldades na abstração das rotinas diárias;
– independência nas atividades de vida diária;
– dificuldades na comunicação sendo, em alguns casos, necessário o uso de comunicação aumentativa e alternativa;
– movimentos corporais involuntários;
– resposta inadequada aos estímulos visuais e auditivos do ambiente;
– movimentos estereotipados repetitivos;
– dificuldade de participação nas atividades comuns oferecidas aos seus pares pela falta de acessibilidade do ambiente;
– distúrbios de sono;
– problemas gástricos e intestinais.
Entre as causas mais comuns podemos encontrar:
– icterícia;
– falta de oxigenação na hora do parto (anóxia neonatal);
– sarampo;
– traumatismos;
– otites e glaucomas;
– tumores cerebrais;
– toxoplasmose;
– casamentos consanguíneos;
– doenças infecciosas como sífilis, meningite, rubéola. Doenças venéreas;
– falta de saneamento básico;
– infecções hospitalares.
A prevenção é necessária em três âmbitos diferentes, ou seja, na:
– prevenção primária: com programas de combate a doenças e de vacinação, campanhas de combate ao uso de drogas e álcool, incentivo ao acompanhamento pré-natal durante a gestação;
– prevenção secundária: tratamento medicamentoso e terapêutico do indivíduo.
As suas manifestações podem abranger:
– deficiência física associada a deficiência mental;
– deficiência física associada a deficiência sensorial;
– deficiências físicas, cognitivas e sensoriais associadas;
– deficiências físicas, cognitivas, sensoriais e psíquicas associadas.
– prevenção terciária: a acessibilidade do ambiente para que a funcionalidade do indivíduo possa ser incentivada.