INCLUSÃO: CRIANÇAS COM TDAH SOB CONTROLE

MENINA JAPONESA MEXENDO EM CIMA DE UMA MESA ONDE HÁ UM VIDRO DE REMÉDIO FECHADO E A MENINA ESTÁ ABRINDO OUTRO E DESPEJANDO COMPRIMIDOS AZUIS EM CIMA DA MESA

CRIANÇAS COM TDAH SOB CONTROLE

A maior preocupação de muitos pais e professores é tentar manter as crianças que apresentam transtorno do déficit de atenção e hiperatividade sossegadas e sob controle.

Para que isto ocorra de 2003 a 2013, as vendas de metilfenidato subiram 775%. De acordo com a consultoria IMS Health do Brasil de 2012 a 2013 foram comercializadas 2,75 milhões de caixas de cloreto de metilfenidato que geraram 54,2 bilhões de reais.

Este é um transtorno que afeta cerca de 5% das crianças, em idade escolar, e 3% dos adultos acarretando agitação, falta de concentração, impulsividade, dificuldade em manter o foco da atenção por um período mais prolongado de tempo, fala de conduta planejada e, consequentemente, problemas de aprendizagem, indisciplina, fracasso escolar e abandono escolar.

Nos adultos é comum uma agitação excessiva, dificuldade em relaxar nos momentos de lazer, dificuldades nos relacionamentos amorosos, no mercado de trabalho e na sua vida social.

O que temos que ter em mente é que muitas vezes os sintomas apresentados pela criança não são necessariamente os de um quadro de TDAH. A falta de atenção e de concentração, bem como a agitação, podem estar relacionadas a outros transtornos e a problemas emocionais e não ao TDAH.

Para isto, é importante que pais e professores procurem profissionais confiáveis e que realmente conheçam este transtorno para realizar o diagnóstico.

Muitos casos de desatenção surgem porque o indivíduo não sabe como lidar com o stress. Muitos casos de fracasso escolar decorrem da ansiedade, do excesso de estudo e da falta de atividades prazerosas de lazer.

O ambiente também tem que respeitar os limites da criança. Algumas escolas cobram conteúdos e habilidades incompatíveis com a capacidade cognitiva e com o ritmo de desenvolvimento dos alunos. Com isto, eles perdem a motivação e a empolgação para aprender.

Muitas crianças tem dificuldades escolares pela falta de exercícios físicos. A atividade física fortalece as conexões nervosas e alivia o stress. A criança dorme melhor e, quem dorme melhor, rende melhor durante o dia.

O mau uso da medicação pode ser visto nos dias de hoje onde adolescentes estão usando Ritalina para turbinar p cérebro e de preparar para o vestibular.

Este estimulante do sistema nervoso central pertence ao grupo das anfetaminas que bloqueia a captação e aumenta a produção de dopamina e noradrenalina que são neurotransmissores fundamentais para a atenção, a memória e a regulação de humor.

O efeito da medicação dura cerca de quatro horas. O metilfenidato não é um calmante e não melhora a inteligência. Ele ajuda a criança a melhorar a sua atenção e a se conter.

Os efeitos colaterais são mais fortes em adultos do que em crianças e, pior ainda, em quem não tem este transtorno. É considerado como efeitos colaterais, em alguns pacientes tratados com metilfenidato, a boca seca, insônia, perda de apetite, dor de cabeça, dor abdominal, arritmia, palpitações, tremores, ansiedade, euforia e aumento da pressão arterial.

Geralmente crianças reagem bem a medicação mas esta não costuma ser administrada em crianças com 6 anos ou menos.