COMO SELECIONAR OS RECURSOS DIDÁTICOS A SEREM UTILIZADOS NA SALA DE AULA
Para potencializar as práticas pedagógicas, o professor tem que saber como selecionar os recursos didáticos mais adequados a cada situação de aprendizagem que pretende explorar.
Em primeiro lugar, temos que levar em conta o objeto da aprendizagem, ou seja, qual o conteúdo que vamos trabalhar, o objetivo que queremos alcançar e os objetivos específicos que vão nos levar a resultado esperado.
Em um segundo momento, temos que ter claro quem são os nossos alunos, qual o nível de aprendizagem que se encontram, como é a relação do grupo, quais as estratégias de aprendizagem que posso usar de acordo com o perfil da turma e se existe portadores de necessidades especiais neste contexto.
Em terceiro lugar temos que analisar o contexto, os recursos materiais e humanos disponíveis, como é o espaço físico, de que materiais podemos dispor, qual a realidade dos meus alunos e seus conhecimentos prévios, quais as adaptações necessárias para os alunos com necessidades especiais, quais as mudanças que eu devo fazer no ambiente e nos materiais para garantir a acessibilidade.
E por último, temos que levar em conta a função desta atividade delimitando se esta se destina a pesquisar, aprofundar, exercitar, adquirir ou avaliar um conhecimento.
Sem estes cuidados podemos levar nossos alunos a participarem da web como lurkers (olhadores, apreciadores) e não como leaders (participantes reais).
O principal objetivo de uma aula, com recursos didáticos e tecnológicos, deve ser de levar o aluno a desenvolver o próprio pensamento crítico, discernir a respeito da qualidade e da utilidade de cada material e ter uma atitude metacognitiva de reflexão sobre a própria aprendizagem.
Para isto temos que saber como selecionar um material multimídia.
THORN (1995) salienta que os aspectos mais importantes são a facilidade de navegação, que tenha uma carga cognitiva adequada, uma maneira simples e clara de apresentação da informação, possibilite uma integração entre os meios e tenha funcionalidade geral.
BELLOCH ORTI (2009) acrescenta nesta definição critérios de simplicidade, interface gráfica cômoda, simples e intuitiva, clareza e adaptabilidade a idade e nível.
KEMP E SMELLIE ainda salientam os seguintes aspectos:
– a importância da motivação que decorre do tema, desenho e apresentação dos objetivos de aprendizagem;
– a capacidade de antecipar aos usuários os objetivos a que se propõe;
– o conhecimento dos destinatários da concepção de ação levando em conta as características dos estudantes;
– a organização e escolha de conteúdos relevantes e significativos adequados ao nível dos estudantes;
– o respeito ao ritmo de trabalho e as diferenças individuais;
– a possibilidade de integrar vários sistemas simbólicos em uma atividade para facilitar a aprendizagem de todos os estudantes respeitando a diversidade humana;
– a possibilidade de participação ativa do aluno em um trabalho cooperativo;
– possibilidade de interação com facilidade de uso e ambiente motivador;
– dispor de um sistema de acompanhamento que ajude a orientação do estudante e a possibilidade dele acompanhar a sua aprendizagem.