COMO CRIAR REGRAS E NORMAS COM AS CRIANÇAS?
Toda a criança, apresentando ou não alguma necessidade especial, necessita de normas e regras para poder funcionar de forma adaptativa na sociedade. Contudo, estas devem ser claras e concretas se referindo a situações que acontecem no tempo, espaço, trato com as pessoas e objetos.
Ao formular estas normas e regras temos que ter claro a idade e o nível de maturidade da nossa criança.
Ao dar estas ordens, temos que estar seguro que eles estão escutando e que estão atentos. Temos que expressar claramente o que queremos que ele faça, devemos falar de forma firme mostrando que estamos seguros em relação aquilo que estamos solicitando e respeitar o tempo da criança, ou seja, ao dar uma ordem esperar um tempo para que ele execute sempre elogiando quando está foi feita ou ele tentou fazer.
As vezes, as crianças não obedecem porque não compreenderam as ordens ou porque foram dadas muitas ordens seguidas. Nossa postura corporal é muito importante pois temos uma linguagem corporal que transmite, apesar da fala, nossa aprovação ou descontentamento.
Quando transmitimos uma ordem com insegurança ou de forma pouco convincente, é a mesma coisa que estarmos falando com uma parede.
Temos, em muitas situações, o defeito de perguntar ao invés de ordenar. “Quando você vai lavar as mãos” e “vá lavar as mãos” são expressões completamente diferentes. Uma deixa, claramente, a criança livre para fazer quando quiser e a outra diz que ela deve fazer naquele momento.
Outro cuidado que temos que ter é com as normas incoerentes. Em um dia a criança é cobrada que deve lavar as mãos antes de comer mas, em outro, a mãe está com pressa e diz para ele comer logo que tem que sair e não precisa lavar as mãos pois estão limpas.
Em aula, ele segue uma rotina onde tem que guardar todos os brinquedos antes de sair mas, hoje, bate mais cedo e a professora está com pressa. Então manda ele sair rapidinho dizendo que depois ela arruma.
As ordens não são cumpridas pois as pessoas tem diferentes ordens, para diferentes momentos e interpretadas de diferentes formas. Com o tempo, a criança se acostuma a desobedecer pois acaba percebendo que se deixar de fazer aquilo que foi solicitado, não haverá consequência, ou seja, nada irá acontecer.