AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA: DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM OU DEFICIÊNCIA NA APRENDIZAGEM
Os alunos encaminhados para uma avaliação psicopedagógica, geralmente, apresentam maiores dificuldades na organização, impulsividade, conduta desplanificada, atenção, concentração, memória, capacidade de selecionar estímulos, capacidade de separar os aspectos relevantes dos irrelevantes para a execução de uma atividade, dificuldade de se fixar em uma atividade por um período mais prolongado de tempo e baixa autoestima.
Além disso, podemos encontrar outras dificuldade como:
- Dificuldades na fala – início tardio da fala, frases gramaticalmente incorretas, dificuldade em colocar o pensamento em palavras, inversões de frases e palavras, inabilidade de se concentrar e compreender o que escuta, expressão escrita melhor que a falada, frases incortadas, balbucia e gagueja quando está estressado e dificuldades na pronuncia de palavras mais longas.
- Dificuldades na matemática – inversão de números, confusão de símbolos operacionais e dificuldades em entender a proposição de problemas.
- Dificuldades na escrita – sua expressão oral é superior à escrita, dificuldades em formular sentenças, frases incompletas e incorreções gramaticais, freqüentes erros ortográficos, escrita lenta, distorcida e má orientação espacial.
- Dificuldades na leitura – leitura lenta, fraca memorização, compreensão precária, problemas na identificação dos pontos importantes de um texto, confusão de palavras e dificuldades em assimilar vocabulário novo.
Dependendo da extensão e gravidade destes aspectos observados, estes alunos podem manifestar um resultado final que indica deficiências na aprendizagem, a não, dificuldades na aprendizagem.
Deficiência na aprendizagem é um termo que se refere a uma modalidade mais grave de impedimento na aprendizagem as quais apresentam características mais graves, extensas e duradouras e, conseqüentemente, vai requerer adaptações curriculares mais elaboradas.
Neste conceito, estão incluídos os alunos portadores de deficiência e, desde 2010, em muitas escolas passaram a exigir o CID específico para que estas possam receber uma verba complementar a ser investida na educação especial.
Já as ificuldades de aprendizagem se referem a um grupo heterogêneo de transtornos que se manifestam por dificuldades significativas na aquisição e no uso da escrita, leitura, fala, raciocínio ou habilidades matemáticas.
Estas dificuldades podem ser causadas por disfunções no sistema nervoso central, permanentes ou temporárias, privações culturais e de estímulos e desapropriada condução do processo de instrução.
Neste aspecto, se enquadram os distúrbios da atenção e concentração que retratam os comportamentos das crianças com e sem hiperatividade e impulsividade (TDAH).
Além disso, podemos encontrar os problemas receptivos e de processamento da informação os quais dizem respeito à competência linguística nas atividades de escrita, distinção de sons e de estímulos visuais, aquisição de léxico, compreensão e expressão verbal caracterizando o DISTÚRBIO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL.
As dificuldades de leitura manifestadas são decorrência da falta de aquisição das competências básicas relacionadas a fase de decodificação acarretando dificuldades na compreensão e interpretação de textos, as dificuldades de escrita e presença de erros ortográficos em gera que caracterizam os quadros de DISLEXIA.
Salientam-se, também, as dificuldades na matemática que se revelam na aquisição da noção de números, no lidar com quantidades e relações espaços-temporais e problemas de aquisição e utilização de estratégias para aprender, cauando falta de organização e de utilização adequada das funções metacognitivas as quais comprometem o sucesso na aprendizagem nos casos da DISCALCULIA.
E, por fim, podemos notar dificuldades na expressão escrita que impossibilitam a expressão da aprendizagem pela via escrita caracterizando a DISGRAFIA.