INCLUSÃO: AUTISMO: INFORMAÇÕES PARA PROFESSORES

LOGOTIPO AUTISMO MONTADO POR PEÇAS DE QUEBRA CABEÇA

AUTISMO: INFORMAÇÕES PARA PROFESSORES

O autismo é um dos transtornos evasivos do desenvolvimento onde as condições se iniciam precocemente caracterizadas pelo atraso na fala e pelo desvio no desenvolvimento de habilidades sociais e de comunicação, bem como comportamentos estereotipados.
As respostas aos estímulos do ambiente são típicas incluindo maneirismos, resistência a mudanças e interesses e preocupações estranhas e sem justificativa.

 
O indivíduo com este transtorno, não sustentam adequadamente as relações sociais, podem apresentar distúrbios de comunicação e padrões restritos e estereotipados de comportamentos e interesses.

 
Especialistas acreditam que aproximadamente 70% dos autistas tem déficit cognitivo mas, a presença de déficit cognitivo, não pode ser considerada uma característica do autismo. Muitas vezes, eles parecem ter dificuldades acentuadas na aprendizagem pois as escolas não conseguem estabelecer uma ponte entre o mundo desta criança e o ambiente escolar.

 
Os sinais devem estar presentes antes dos três anos de idade.

 
Antigamente, acreditava-se que a incidência era de 4 a 5 casos a cada 10.000 crianças nascidas. Hoje, especialistas acreditam que a incidência é de um a cada 110 sendo 70 do sexo masculino.

 
Isto não quer dizer que estamos vivendo uma “epidemia de autismo”, mas sim, que os diagnósticos evoluíram tanto que já é possível analisar os sintomas e diagnosticar os quadros, precocemente, investindo em uma estimulação cada vez mais precoce. Além disso, atualmente, ao primeiro sinal de alguma probabilidade da presença de um quadro de autismo, os especialistas já incluem esta criança no diagnóstico para garantir a estimulação precoce.

 
É mais comum em meninos do que em meninas, sendo a incidência de três a cinco meninos para cada menina.

 
O autismo não tem a ver com o nível social, não tem uma causa definida, porém, pode estar relacionado a causas orgânicas (retardo mental, convulsões) ou a causas genéticas (Síndrome do X frágil, esclerose tuberosa) ou a causas biológicas.

 
A relação mãe e filho como causa do autismo não é aceita por atualmente. Os estudos atuais apontam para anormalidades em determinados pontos do cérebro, alteração na quantidade de substâncias cerebrais e causas imunológicas.

 
Nas escolas costumamos receber avaliações clínicas de alunos as quais, em muitas situações, não contribuem para o nosso planejamento pedagógico pela quantidade de termos técnicos que são utilizados.

 
No DSM IV o autismo poderia ser classificado como autismo infantil, autismo atípico, Síndrome de Rett, outro transtorno desintegrativo da infância, Síndrome de Asperger ou um transtorno invasivo do desenvolvimento.

 
Com o DSM V, todas estas categorias passam a ser englobadas caracterizando um quadro de transtorno do espectro autista.

 
Para o diagnóstico, em uma idade inicial podemos observar atrasos na aquisição da fala, ausência de imitação social e de jogos de imaginação, dificuldades em estabelecer vínculos, de compreensão, não busca conforto ou contato físico de forma espontânea, não manifesta comportamento antecipatório, tem alterações no contato visual, intenso apego a objetos e uso inapropriado destes, fenômenos ritualistas e dificuldade de compreensão.

 
Em idade maia avançada, podemos notar que nem todos os autista utilizam a fala com função comunicativa, podem manifestar ecolalia repetindo palavras e frases sem parar, quando falam manifestam inversão pronominal e com um tom de voz alterado, tem um modo repetitivo e estereotipado de fazer as coisas, dificuldades em estabelecer relações de amizade, de ter empatia se colocando no lugar do outro, de perceber as respostas sócioemocionais das outras pessoas, comportamentos estereotipados de mexer com as mãos, se balançar ou falar sem parar e dificuldades na área tátil e olfativa.