INCLUSÃO: AS CIÊNCIAS QUE FUNDAMENTAM A EDUCAÇÃO ESPECIAL

UM DESENHO DE UMA ESCOLA COM VÁRIAS CRIANÇAS BRINCANDO A FRENTE DA ESCOLA

AS CIÊNCIAS QUE FUNDAMENTAM A EDUCAÇÃO ESPECIAL

A educação especial recebe a influência e a contribuição de várias ciências que, por consequência, contribuem para o seu caráter interdisciplinar.

Entre elas podemos encontrar contribuições das seguintes áreas:

  • Ciências biológicas e médicas: que fundamentam as intervenções na área da saúde as quais são de vital importância no diagnóstico e no decorrer das intervenções em relação ao acompanhamento neurológico e na definição das etiologias;
  • Ciências psicológicas: muito importantes para a análise do comportamento, base para as terapias de aprendizagem e de diagnóstico e no aspecto emocional e suas implicações no processo de aprendizagem;
  • Ciências sociais: nos aspectos relativos ao trabalho e a inserção social as quais deverão ser enriquecidas mediante os subsídios da política, da sociologia e da economia.

Estas contribuições levam a tentativa de se criar uma didática que procure atender aos seguintes aspectos:

  • Construir teorias de ensino e aprendizagem conforme a diversidade dos alunos;
  • Elaborar modelos didáticos que possibilitem o planejamento e o controle dos processos de ensino e aprendizagem direcionados aos indivíduos com necessidades educativas especiais;
  • Projetar e aplicar adequações e flexibilizações curriculares;
  • Estabelecer sistemas de comunicação institucional dentro de contextos mais amplos que, por sua vez, condicionam os processos educativos;
  • Elaborar um sistema de formação de professores para garantir um ensino de qualidade de acordo com as problemáticas destes indivíduos;
  • Projetar estratégias para avaliar os programas de integração e os avanços dos indivíduos com necessidades educativas especiais tanto do ponto de vista social ou coletivo.

Estas contribuições nos levam a analisar a educação especial nos seguintes aspectos:

  • Modelo de escola: buscar a transmissão de conteúdos diferentes acreditando que a aprendizagem é possível seja qual for o tipo de deficiência. Isto coloca o processo de aprendizagem centrado no aluno e faz deste o protagonista de seu processo de aprendizagem valorizando os sucessos no lugar dos fracassos;
  • Modelo de aprender: o problema ou déficit não está centrado nas condições do aluno, e sim, nas dificuldades decorrentes de sua interação com os objetos de aprendizagem por desrespeito as necessidades individuais do alunos em sistemas de ensino rígidos e inflexíveis. O aluno não é visto como um recipiente vazio, e sim, um construtor de sua aprendizagem;
  • Avaliação contextualizada: procura uma avaliação qualitativa em substituição do diagnóstico clínico vendo o problema não com intrínseco ao indivíduo, mas sim, ligado a interação do indivíduo com o meio.