A TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL E O AUTISMO
Quando temos um aluno com transtorno do espectro autista, em nossa sala de aula, a estruturação do nosso trabalho é muito importante para ele vencer as suas dificuldades.
É muito comum os nossos alunos, com comprometimentos mais leves, terem dificuldades no ambiente escolar devido a rigidez comportamental, incapacidade de expressar seus sentimentos, ideias e opiniões de forma adequada e pelo fato de não lidarem bem com as questões sociais.
O nosso programa de trabalho deve procurar uma metodologia que possua uma série de passos simples e com ordens diretas as quais envolvam o aluno ativamente no processo, ajudando a criar um ambiente social que reforce positivamente os comportamentos.
Quanto mais os alunos com transtorno do espectro autista forem expostos a habilidades sociais e ao treinamento do comportamento, mais eles irão interagir de forma efetiva com o ambiente.
Estes sujeitos apresentam fortes habilidades na área da linguagem, embora nem sempre estas estejam evidentes, e devem que ser ensinados a expressar seus sentimentos e pensamentos de forma adequada.
A capacidade de interagir com os outros tem que ser trabalhada além do ensino de competências sociais, através de técnicas visuais (histórias e exercícios), que envolvam as crianças e adolescentes em situações reais.
Com atividades direcionadas para esta área, podemos corrigir ou melhorar o tom de voz monótona, a incapacidade de interpretar os sinais de comunicação dos outros e o contato visual.
A terapia cognitiva comportamental ajuda os portadores de transtorno do espectro autista a regularem suas emoções, desenvolverem o controle dos impulsos e a melhorar o comportamento pois, em muitas situações, ele lutam com medos, ansiedades e com a depressão.
Este tipo de terapia ajuda a reduzir sentimentos e comportamentos ansiosos e depressivos pois se propõe a trabalhar para uma mudança de pensamentos e percepção das situações por meio de uma alteração na cognição, ou seja, de como o pensamento é processado.
Os terapeutas procuram reduzir comportamentos desafiadores tais como as interrupções, obsessões, colapsos ou explosões de raiva, além de ensiná-los a como se familiarizarem e identificarem certos sentimentos que possam surgir.
A terapia cognitiva comportamental ajuda a estabilizar as emoções, melhorar o comportamento e se preparar para responder de forma mais adequada em situações específicas.