A SÍNDROME DE X FRÁGIL E A ESCOLA
A Síndrome de X frágil é a segunda causa mais frequente de deficiência intelectual, de caráter hereditário, perdendo apenas para a Síndrome de Down.
O grau de deficiência intelectual, nos portadores desta síndrome, pode variar desde os graus mais leves até os mais graves.
Esta manifestação é muito variável, pois podemos encontrar casos de portadores da Síndrome de X frágil, que apresentam um QI quase dentro da normalidade, e outros com dificuldades acentuadas de aprendizagem e problemas emocionais ocorrendo, muitos casos, cujos indivíduos apresentam um comportamento autista associado.
O diagnóstico é baseado no fenótipo físico, cognitivo e comportamental e confirmado pelo estudo genético molecular.
Os professores, no ambiente escolar, pode lançar mão de atividades que:
- – promovam o desenvolvimento de habilidades cognitivas e acadêmicas partindo do concreto até chegar a atividades que usem um grau de abstração adequado ao nível intelectual e pedagógico do aluno;
- – motivem ele para a aprendizagem com atividades claras, diretas, variadas e criativas pois, pelas suas dificuldades cognitivas, temos a tendência de infantilizar as atividades a partir do 4º ano, sem levarmos em conta a idade cronológica do aluno;
- – controlem a pressão e o nível de dificuldade, para evitar situações que desestabilizam o aluno levando este a apresentar problemas de comportamento;
- – promovam a autonomia e a independência pessoal e social do aluno evitando, de todas as formas, a superproteção. O aluno tem que sentir que o professor acredita nele e que não o vê como alguém que precise de assistência e supervisão constante;
- – promovam a participação do aluno no aprendizado através de trabalhos em grupo onde ele possa realizar atividades comuns, aos demais colegas, com uma participação ativa que utilize as suas capacidades, habilidades e competências. Se o aluno não sabe escrever, ele pode desenhar e ilustrar um trabalho em grupo;
- – adaptem o conteúdo ao nível real do aluno, utilizando a sua zona de desenvolvimento proximal, sem deixar conteúdos de lado. É possível, com criatividade, adaptar um conteúdo delimitando os conceitos a serem abordados e a sua forma de apresentação.
O professor tem que conhecer o conceito de funcionalidade, para projetar um ambiente positivo e empático, apostando em recursos visuais e nas tecnologias de informação e comunicação que podem, em muitas situações, redefinir os conceitos de deficiência, limitação e incapacidade.