INCLUSÃO: O TDAH E O TRANSTORNO DESAFIADOR OPOSITANTE

IMAGEM DE UMA MENINA APONTANDO COM CARA DE QUEM ESTÁ DANDO  UMA ORDEM

 

O TDAH E O TRANSTORNO DESAFIADOR OPOSITANTE

 

As crianças que apresentam TDAH, além dos sinais relativos à desatenção, hiperatividade e de impulsividade, podem apresentar traços de reiterada oposição, teimosia acentuada, afronta as figuras de autoridade, negativismo, provocação mostrando, desta forma, uma conduta desafiante.

Estas crianças necessitam de acompanhamento psicológico que ajudem a criança a lidar com os sentimentos de frustração e, desta forma, buscar formas saudáveis de colocar para fora os sentimentos de hostilidade.

Segundo Russell Barkley, este transtorno aparece, pois a criança não aprende a modular seus sentimentos de raiva devido à dificuldade de regular os afetos e sentimentos enquanto os pais, por falta de orientação e por, muitas vezes, apresentarem TDAH, não conseguem exercer adequadamente a função de moduladores dos afetos dos filhos, pois estas faltam neles mesmos.

Para isto os pais devem:

– evite dar ordens à distância, ou seja, ficar gritando e dando ordens em um cômodo da casa enquanto a criança está em outro. Quando tiver que impor um limite, chegue perto da criança e olhe nos seus olhos colocando o limite com firmeza e não aos gritos;

– não dê ordens complexas e longas de uma vez. Ao invés disto, solicite as tarefas em etapas, pois é mais fácil para ela entender e cumprir o que foi solicitado. Isto ajuda para que a criança entenda a distinção entre ser rígido e rigoroso;

– não argumente demais quando está chamando a atenção de seu filho. Quando a explanação é muito longa provavelmente ele não vai lembrar de todo o seu discurso no final. Seja claro e objetivo no que você quer dizer;

– evite usar os termos “se comporte bem”, “seja um bom menino”, “me deixe orgulhosa”. Ao invés disto, diga claramente o que espera dela e de suas atitudes;

– não dê as ordens sobre a forma de pergunta. Você vai tomar banho ou não? Seu filho pode dizer que não e a discussão inicia. Ao invés disto diga: Vá tomar banho.

– procure colocar limites com um tom de voz calmo e firme e não com tom de ameaça ou de irritação. Nem sempre o ataque é a melhor saída;

– coloque os limites e exponha as ordens com antecedência. Avise a ela que após acabar o filme que ela está vendo, ela irá fazer os deveres de casa e cobre a sua realização. Ceder de vez em quando não ajuda a colocação de limites.

– se a mandar fazer algo cobre a sua realização. Ficar gritando “eu já te mandei”, “não vou falar de novo” e assim por diante não ajuda em nada. Isto é uma forma de treinar a desobediência.