INCLUSÃO: INCLUSÃO DIGITAL

LOGOTIPO DA INCLUSÃO DIGITAL

 

INCLUSÃO DIGITAL

No passado, a tecnologia usada nas escolas era o papel e o livro. Naquela época, isto era um avanço mas seu uso era baseado na memorização de conteúdos sem se preocupar com o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias para que o aluno pudesse trabalhar com a informação e, por consequência, transformá-lo em conhecimento.

Hoje em dia, não podemos fugir dos adventos tecnológicos. Contudo, ainda temos escolas e professores que acham que a nova proposta de inclusão digital é deixar de lado os trabalhos, conteúdos e procedimentos  tradicionais da sala de aula.

Esta é uma visão errônea e, muitas vezes, derivada do medo de mudar. Mudar crenças e valores pré-estabelecidos cansa, dá trabalho, faz com que sejamos invadidos e questionados.

Inclusão digital é o nome dado ao processo de democratização do acesso as tecnologias de informação e de comunicação que tem como objetivo inserir a todos em uma sociedade que vem sendo chamada de sociedade da informação.

Mas esta inserção não se limita ao acesso  físico, e sim, a sua com competência para usar. Nossos alunos, na sua maioria, são nativos digitais pois nasceram e cresceram em uma era de adventos tecnológicos.

Até a metade do ano passado, o professor e o livro eram as principais fontes de conhecimento para a maioria da população. Hoje sabemos, que a criação do conhecimento implica em um processo de colaboração conjunta. Quando relacionamos os novos conceitos a aqueles que já temos, toda a estrutura cognitiva do sujeito se modifica.

A inclusão digital fez com que o aluno interagisse mais com a fonte do conhecimento fazendo com que ele indague, questione, levante hipóteses, tirando o sujeito do papel passivo de mero receptor de informação, para um papel ativo de construção e reconstrutor da informação.

Mas isto não é nada de novo. Tecnologias são usadas desde os primórdios. A de hoje é digital mas, nas cavernas, os homens entalhavam desenhos nas paredes, no Egito eram hieroglíficos e, durante a guerra, havia o código Morse. Tudo isto, em sua época, foi avanço, foi tecnologia.

O professor não perdeu o seu papel no processo de aprendizagem  e nem foi substituído pela máquina. Não existirá um bom uso dos avanços tecnológicos se os professores não estiverem presentes para ajudarem os alunos a buscarem e verificarem a informação.

Contudo, temos que ter claro que para o aluno tirar proveito da tecnologia para a construção de seu conhecimento, não é suficiente apenas colocá-lo em contato com ele. Este aluno tem que ser estruturado didaticamente com os melhores recursos possíveis.

Quando usamos a tecnologia de forma adequada, de maneira organizada e gerenciando as informações, criamos um conflito cognitivo o qual leva a aprendizagem.

Hoje em dia, temos livros digitais, livros didáticos com acesso a internet. Os recursos disponíveis na WEB, e em outras fontes, não se limitam ao conteúdo e as suas próprias atividades oportunizando a diversidade.

Chats, blogs, animações explicativas e ajudam o aluno a autorregular a sua aprendizagem pois cada indivíduo dá um ritmo aos estudos. As atividades criativas colocam em jogo habilidades cognitivas de ordem superior as quais são altamente motivadoras levando a uma educação voltada para a competência.

O ensino se torna mais atraente e a organização mais fácil pois podemos contar com tabelas de avaliação, portifólios educacionais e digitais, trabalhos com centros de interesses , espaços físicos ou virtuais e estruturados pelos professores e  imprensa escolar como uma atividade jornalística para desenvolver competências linguísticas.

Além disso, os professores podem utilizar um repositório de recursos, ou seja, um espaço digital onde são guardados os objetos (materiais suportados por tecnologia que podem ser classificados e reutilizados) e conteúdos de aprendizagem para serem reutilizados  e sites como o webeduc que possui material de pesquisa de livre acesso.