INCLUSÃO: DTT (DISCRETE TRIAL TEACHING) DENTRO DO ABA

SÍMBOLO DO AUTISMO FEITO COM UMA FITA E A PALAVRA AUTISMO FEITO DE QUEBRA CABEÇAS

DTT (DISCRETE TRIAL TEACHING) DENTRO DO ABA

 

O DTT (DISCRETE TRIAL TEACHING), ou ensino por tentativas discretas, é uma das metodologias usadas pelo ABA e caracteriza-se por dividir sequências complicadas de aprendizado em passos muito pequenos ou discretos (separados) os quais são ensinados, um de cada vez, durante uma série de tentativas (trials), junto com o reforçamento positivo (prêmios) e o grau de ajuda (prompting) que for necessário para que o objetivo seja alcançado.

 
Pense em ABA fazendo uma analogia com tocar piano. Quando você aprende a tocar, pode tocar rock, música clássica, blues ou jingles. Os sons podem variar, mas todos eles usam a mesma metodologia básica e seguem convenções musicais aceitas por todos.

 
O ABA usa o comportamento verbal (Verbal Behavior – VB) que é aplicável para pessoas que usam sistemas de linguagem de sinais ou comunicação aumentativa em vez da linguagem vocal.

 
Para analisar o comportamento verbal usa-se o ABLLS (Assessment of basic language and learning skills), ou seja, avaliação das habilidades básicas de linguagem e aprendizagem. O ABLLS é um guia curricular, um método de avaliação e um instrumento para monitorar a aquisição de habilidades.

 
Um bom programa ABA usa a generalização e, o que é aprendido, tem que ser levado para os vários ambientes garantindo a transferência da aprendizagem de um contexto para outro.

 
O professor tem que estar atento ao equilíbrio entre as atividades de trabalho (de mesa, brincar, motora ampla, motora fina) até que o aluno seja capaz de colocar em prática as suas aprendizagens em uma variedade de locações (casa, escola, sala do terapeuta, carro) e frente a uma variedade de professores e terapeutas.

 
O currículo é dividido em categorias ou programas, tais como: habilidades de cuidados pessoais, habilidades sociais, habilidades de linguagem, habilidades acadêmicas, entre outras, organizadas em níveis de dificuldade, de maneira que você comece com as habilidades básicas, muito simples, e depois as use para desenvolver as mais complexas. Os programas que você seleciona para trabalhar formam seu currículo.

 
Uma vez selecionado o programa, todos devem saber quais as instruções dar, como apresentar os materiais e qual a resposta aceitável.

 

Geralmente, quem aplica este programa fica atento aos seguintes aspectos:

 

  • 1º estímulo – é a instrução inicial ou comando a ser dado (antecedente) e é a fala, a apresentação do material;
  • 2º tentativa – sequência completa de apresentar o estímulo, obter uma resposta usando quantas dicas/ajudas forem necessárias;
  • 3º resposta – ver se é a aceitável ou esperada.
  • 4º reforçador – se dá a recompensa imediatamente depois da resposta;
  • 5º ajudas/dicas – estímulos usados antes ou durante a execução;
  • 6ª aula/sessão – tempo gasto trabalhando com a criança no programa;
  • 7º domínio – critérios para ver se aprendeu a habilidade (três sessões consecutivas com 10 tentativas em cada uma);
  • 8º dados – analisar cada resposta marcando se foi correta, incorreta, sem resposta ou com aproximação sucessiva;
  • 9º método – apresentação do material, lugar e estrutura usada.

 
As atividades elaboradas devem prever jogos em duplas, o brincar adequadamente, o uso de cartões de linguagem, materiais com uma sequência lógica, a grafia motora que geralmente se começa com o nome, o desenhar com instruções, a cópia de palavras, o pareamento de figuras e palavras, o nomear objetos, identificar as pessoas que lhe prestam auxílio, mostrar a função social da linguagem, treinar o uso do sim e do não, habilidades sociais, o entendimento do meu, seu e o dele, a identificação de cenas e imagens em livros, a função de cada objeto, a imitação motora fina, a identificação de nomes e levar o aluno a generalizar.

 
A observação do professor durante as atividades, é de suma importância. Deve ser anotado todas as vezes que aconteceram:

 

 

  • 1. verbalizações fora do contexto;
  • 2. fuga ou esquiva;
  • 3. birra ou gritos;
  • 4. ecolalia;
  • 5. verbalizações desestruturadas;
  • 6. agitação;
  • 7. verbalizações corretas;
  • 8. reforçadores utilizados;
  • 9. estado de humor no início e final da aula;
  • 10. brinquedos usados;
  • 11. palavras com emprego correto.