INCLUSÃO: COMO ENTENDER AS PESSOAS COM DISLEXIA?

UM CRANIO CINZA DE LADO COM UM CÉREBRO ROSA E UMA LUPA AUMENTANDO A VISÃO DO CÉREBRO

COMO ENTENDER A PESSOA COM DISLEXIA?

 

Os disléxicos são pessoas que possuem uma Inteligência normal e habilidades extraordinárias os quais, em um momento da sua escolaridade, apresentam dificuldades de leitura os quais se refletem, também, na ortografia e na organização escrita.
Temos que ter claro que a dislexia não é uma doença e sim um distúrbio que dificulta o acesso do indivíduo ao mundo da leitura. Desta forma, são sintomas da dislexia a lentidão na aprendizagem, a falta de concentração, a impulsividade, impaciência, baixa autoestima e, por consequência, dificuldades escolares.
Sendo assim, a dislexia difere do déficit cognitivo pois a sua causa não é cognitiva.
Podemos ter casos de dislexia de desenvolvimento, ou seja, aquela que o indivíduo herda de seus pais tendo um caráter hereditário, ou a dislexia adquirida que pode surgir após um acidente vascular cerebral.
Os professores devem ter claro que para ler, temos que fazer uso de quatro módulos cognitivos que são:

 

  • – módulo perceptivo: que se refere à percepção visual;
  • – módulo léxico: refere-se ao traçado das letras e a memorização dos grafemas;
  • – módulo sintático: refere-se a organização da estruturação da frase e de como as palavras se relacionam na estrutura da frase;
  • – módulo semântico: refere-se ao significado dos morfemas (prefixos e sufixos).

Detectar as áreas afetadas, limitações e habilidades destes alunos ajudam a elaboração de um plano de trabalho capaz de maximizar o potencial destes indivíduos. Sem uma avaliação detalhada das habilidades e comprometimentos do aluno será impossível realizar adaptações curriculares que levem a um aprendizado com qualidade e significado.

 

O ler e o escrever pode ser medido de diversas formas que, nem sempre, significam a utilização das modalidades oral e escrita. Podemos ler imagens, responder a avaliações formais de forma oral, expressar-se pelo desenho e muitas alternativas que, muitas vezes, são esquecidas pelos currículos escolares
É responsabilidade, dos profissionais envolvidos, detectar as dificuldades lectoescritoras que englobam a capacidade do indivíduo para a identificação visual das palavras, a capacidade de compreensão leitora e de inferência textual, a capacidade de decodificação e as habilidades de memória.
O professor tem que saber como o indivíduo funciona durante o ato leitor pois não podemos encarar a dislexia como uma dificuldade generalizada da leitura, mas sim, como uma dificuldade que pode envolver alguns módulos e não todos os módulos envolvidos no processo leitor.
Quando sabemos identificar o módulo que está sendo afetado, através de avaliação específica, podemos propor uma intervenção que realmente atinja as necessidades do indivíduo as quais explorem e aprimorem a memória a longo prazo, a percepção e discriminação visual, a consciência fonológica, o ritmo e a discriminação e percepção auditiva.