INCLUSÃO: AVALIAÇÃO DO MATERIAL DIGITAL A SER USADO COM ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS

IMAGEM DE UM LIVRO DIDÁTICO COM UM MOUSE CONECTADO   AVALIAÇÃO DO MATERIAL DIGITAL A SER USADO COM ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS

Não adianta sairmos comprando todos os softwares que encontramos a disposição no mercado, com a ideia de que estamos utilizando a inclusão digital como forma de incentivar a aprendizagem de nossos alunos, se não avaliarmos a usabilidade destes recursos e sua aplicação junto aos alunos.

Antes de comprarmos um software temos que pensar no funcionamento do sistema, no efeito da interface no usuário e, acima de  tudo, devemos aprender como identificar os problemas específicos do sistema.

Como usamos a compatibilidade. Qual a interação entre professor e aluno que este recurso proporciona. Este possibilita uma relação sincrônica e assincrônica. Qual a relação que pode se estabelecer entre o aluno e o conteúdo?  Quais as oportunidades de crescimento que ele proporciona?  O professor não pode usar o recurso no dia.?mTem que usar dentro de uma avaliação prognóstica, ou seja, quando está fazendo o planejamento?

Se isto não é feito, quando surge uma dificuldade os professores levam horas para resolver, enquanto o aluno espera, e quebra todo o ritmo do trabalho.

Os critérios ergonômicos do software tem que ser levados em conta como: segurança, conforto, como é feita a condução, oportuniza meios de orientar e conduzir a sua navegação, como é a carga de trabalho, existe uma sobrecarga cognitiva, o usuário pode controlar o software, qual a possibilidade de adaptabilidade, ele propicia a gestão de erros, é coerente, possui compatibilidade com vários sistemas e os diálogos e códigos são fáceis para o usuário.

Nos critérios pedagógicos, temos que estar cientes se o material utilizado tem relação com os nossos objetivos educacionais, pois estes devem ser um auxílio à aprendizagem e não uma forma de manter o aluno ocupado. Eles devem atender aos critérios de ensino, com coerência didática e conteúdos emocionais e afetivos que levem o aluno a desenvolver a sua criativa de e aumentem a motivação.

Temos que levar em conta, também, os critérios de formação analisando se este está em conformidade com a nossa proposta e apresenta uma ordem coerente proporcionando a gestão do processo, por parte do professor e do aluno e se tem validade político pedagógica.

Os critérios de comunicação assumem uma vital importância pela possibilidade de interação e documentação configurando-se em um material de apoio a aprendizagem e desenvolvimento do aluno.  O seu grafismo deve comunicar uma proposta clara e objetiva com uma organização de imagens que estimulem a participação do aluno.

Mas acima de tudo temos que levar em conta a questão da usabilidade e da acessibilidade do material digital. Este deve atender aos critérios de eficácia, proporcionar o desenvolvimento de habilidades de aprendizagem, levar o usuário a uma utilização autônoma, proporcionar o controle de erros, ser versátil e funcional, eficiente, de fácil memorização, com baixo teor de erros e, acima de tudo, proporcionar satisfação para quem usa.

Existem instrumentos avaliativos que podem ser usados com parâmetro para analisarmos um software como:

ü  Check list; ü  Csei (children’s software evaluation);

ü  Maep (método de avaliação ergopedagógico);

ü  Proinfo (MEC);

ü  Ticese (técnica de inspeção de conformidade ergonômica de software educacional).

Muitas vezes compramos programas com uma interface linda, mas cansativa e longa demais. Para ganhar um bilhete em um jogo e aluno tem que executar a mesma atarefa 12 vezes. Mas para finalizar o jogo, tem que ganhar 4 bilhetes. Imagina o aluno fazendo 48 vezes a mesma coisa. Quando vimos que ele não aguenta mais, ou o ensinamos a desistir, ou fazemos uma parte por ele. Desta forma, não estamos investindo em uma aprendizagem significativa. Temos que ter cuidado para diferenciar o pedagógico do ocupacional.