INCLUSÃO: A EDUCAÇÃO DE UMA CRIANÇA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

IMAGEM DE UM MENINO AMONTOANDO BLOCOS DE MADEIRA ONDE CONSEGUE ESCREVER A PALAVRA AUTISMO

 

A EDUCAÇÃO DE UMA CRIANÇA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

O nosso objetivo com a educação de uma criança autista não pode ser apenas o de oportunizar a sua convivência social, e sim, ajuda-lo a funcionar no meio social da melhor maneira possível aumentando a frequência de comportamentos adaptativos e de autocuidado.

Estes comportamentos adaptativos desejáveis de ordem social, comunicativa, cognitiva e acadêmica eliminando ou minimizando o isolamento social, a estereotipia, a agressividade e a auto injúria.

As estereotipias incomodam e preocupam pais e professores pois esta é uma coisa rígida, sem flexibilidade, ritualizada, sem função aparente ou contextualizada.

Em alguns casos, estes alunos podem ter fixação em alinhar objetos, comer sempre a mesma coisa, querer sempre a mesma roupa, os mesmos brinquedos, entre outras atividades ritualizadas. Isto acontece pois eles tem um desenvolvimento partido, ou seja, algumas coisas fazem bem e outras não.

A ecolalia pode estar presente onde ele repete o que ouve sem entender. Pode passar horas repetindo uma palavra específica ou jargão de filmes. A sua conversa pode se limitar ao concreto pois eles tem dificuldades em entender metáfora.

Sua sensibilidade exagerada leva a reações exageradas onde cai e não chora mas, se alguém toca nele de leve, é tem uma reação exagerada.

O ensino para estas crianças muitas vezes, é incidental para ela mas para nós não. Temos que usar o ambiente natural da criança para trabalhar os seguintes aspectos:

– relação: incentivar o compartilhamento entre os sujeitos, a troca de turnos e as brincadeiras. Muitas vezes a criança com transtorno do espectro autista não quer emprestar um brinquedo porque não sabe que o brinquedo vai voltar para ele. Ele tem que prender a brincar usando os turnos, sua vez e a minha vez;

– interação: incentivar a ação entre os sujeitos e propor atividades que favoreçam as brincadeiras;

– pensamento: temos que ajudar o aluno a planejar a sua conduta e estruturar o seu pensamento pois este é linear, literal e lento. Pistas visuais ajudam muito para eles entenderem os passos de uma atividade ou a rotina da escola;

– simbolização: ajudar este aluno a sair do concreto para a representação mental, ou seja, o aluno não pode ficar dependente das dicas visuais e estas tem que ser tiradas gradativamente.